Gula: o desejo insaciável de comer e beber em exagero

Prejudicial para a saúde, pode ocasionar em obesidade e aumento do colesterol, além de problemas cardíacos e respiratórios

Gula: o desejo insaciável de comer e beber em exagero

A gula é vista por muitas pessoas como um pecado, já para outras, é sinônimo de prazer. Considerada como o desejo insaciável de comer e beber em exagero, é prejudicial para a saúde, pois pode ocasionar em obesidade e aumento do colesterol, além de problemas cardíacos e respiratórios. Dessa maneira, é um distúrbio alimentar que pode estar interligado com um episódio de compulsão alimentar, que é um distúrbio psiquiátrico, ou seja, o indivíduo sente a urgência de comer mesmo sem fome e não consegue parar mesmo estando satisfeito.

De acordo com o nutricionista Gustavo Belesi, a ingestão alimentar pode estar regulada de diferentes maneiras, sendo elas a regulação hedônica, que é baseada em desejo ou valor de reforço, isto é, a quantidade de trabalho necessária para obter certo alimento, ou regulação homeostática, que é fundamentada em estímulos fisiológicos, como baixos níveis de insulina ou estiramento das paredes do estômago, como podemos denominar de fome. “Ainda assim, o consumo depende de fatores de palatabilidade do alimento (a combinação de sabores, texturas e odores que tornam um alimento gostoso, por isso, não são apenas fatores fisiológicos que contam”, diz.

Ainda conforme ele, optar por alimentos mais palatáveis e com baixa disponibilidade de nutrientes, tende a nos manter mais saciados, contribuindo assim, para um maior consumo. “Diferentes alimentos geram diferentes estímulos. Por exemplo, de modo agudo, ao tomar um pote de sorvete, é possível que você ainda queira tomar outro.

O mesmo não deve ocorrer com um prato de brócolis, ainda que ambos ocupem o mesmo ‘espaço’ no estômago. Isso ocorre pela interação direta entre o alimento e nosso cérebro. Regiões específicas do cérebro atuam como um ‘sensor’ que detecta características físicas do alimento, bem como seu teor de calorias, sinalizando nosso sistema de recompensa, gerando prazer agudo pela cascata de dopamina, de modo semelhante ao que ocorre com drogas, mas numa intensidade absurdamente menor.”

Desse modo, o melhor jeito de esquecer a gula é diferenciar ela da fome. Posteriormente, é necessário ter uma alimentação balanceada para que o corpo possa se adaptar à nova rotina. Cuide de si sempre, preste atenção na alimentação. Invista na saúde.

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