O Ministério da Saúde monitora de forma contínua todas as arboviroses, incluindo o Oropouche, por meio da Sala Nacional de Arboviroses. Até o dia 19 de agosto de 2024, foram registrados 7.653 casos dessa doença em todo o país. Com isso, o Ministério da Saúde tem intensificado ações de combate ao vetor, além de fortalecer a vigilância epidemiológica e as medidas de prevenção.
Entre os sintomas mais comuns do Oropouche estão dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas e diarreia. Abaixo, esclarecemos algumas das dúvidas mais frequentes sobre essa arbovirose e como se proteger:
1) O que é o Oropouche?
O Oropouche é uma arbovirose causada pelo vírus Oropouche (OROV), transmitido principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora.
2) Quando o vírus Oropouche foi identificado no Brasil?
O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. O primeiro surto em humanos foi registrado em 1961, no estado do Pará. Desde então, surtos e casos isolados têm sido relatados, especialmente na região amazônica.
3) Como ocorre a transmissão do vírus Oropouche?
A transmissão ocorre principalmente por meio da picada do inseto Culicoides paraensis, após ele se infectar ao picar uma pessoa ou animal contaminado.
4) O vírus pode ser transmitido de pessoa para pessoa?
Não, a transmissão acontece exclusivamente pela picada do inseto infectado.
5) Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas do Oropouche incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue.
6) Quanto tempo duram os sintomas?
Os sintomas costumam aparecer de 3 a 8 dias após a picada e podem durar de 2 a 7 dias. O vírus permanece no sangue por até 5 dias após o início dos sintomas.
7) O que fazer em caso de suspeita de Oropouche?
Procure imediatamente uma unidade de saúde. O repouso, acompanhamento médico e tratamento sintomático são essenciais.
8) Existe tratamento específico para o Oropouche?
Não há tratamento específico. O foco é no alívio dos sintomas, com o uso de analgésicos e antitérmicos.
9) Há medicamentos recomendados para tratar a doença?
Evite a automedicação. Consulte sempre um médico para o tratamento adequado.
10) Existe vacina contra o Oropouche?
Até o momento, não há vacina disponível.
11) Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado por meio de avaliação clínica, laboratorial e epidemiológica, considerando a ocorrência de casos na região ou o histórico de viagem do paciente.
12) Como se prevenir contra o Oropouche?
As medidas de prevenção incluem o uso de roupas compridas, repelentes, telas de proteção em portas e janelas, e a limpeza de áreas onde o inseto possa se reproduzir.
13) O vírus pode ser transmitido durante a gravidez?
Sim, há casos confirmados de transmissão do vírus da mãe para o feto, mas a frequência com que isso ocorre ainda não está estabelecida.
14) Quais são as ações do Ministério da Saúde para combater o Oropouche?
O Ministério da Saúde intensificou a vigilância e a busca ativa de casos em todo o país, além de promover pesquisas, capacitações e seminários técnicos sobre a doença.
Essas iniciativas fazem parte de um esforço nacional coordenado pela Sala Nacional de Arboviroses, que monitora não apenas o Oropouche, mas também outras arboviroses como a dengue, chikungunya e Zika.
Fonte: Ministério da Saúde