Uma pesquisa publicada hoje pela Universidade de Oxford, na Inglaterra revelou que o imunizante em combate ao coronavírus feito em conjunto com o laboratório AstraZeneca registrou o crescimento da resposta imune com a aplicação de uma terceira dose, que atualmente não é esperada no plano de vacinação.
O mesmo estudo também indicou que o aumento do período entre as duas doses atualmente previstas aumenta a proteção oferecida pelo imunizante.
Em relação à terceira dose, os dados apresentaram que o apoio oferecido pelo menos seis meses depois da segunda dose foi capaz de expandir a resposta imune em até seis vezes, além de manter a produção dos chamados linfócitos T.
Os pesquisadores reforçam, porém, que os dados de eficiência não sugerem no momento a necessidade do reforço, principalmente perante a ausência de vacinas na maioria dos países. Entretanto, o governo britânico estuda se existirá a urgência de uma campanha de reforço da imunização no outono.
Outro tópico mencionado na pesquisa é que a terceira dose aumentou a atividade neutralizante contra as principais variantes da covid-19 no Reino Unido, a alfa (inglesa), beta (sul-africana) e delta (indiana).
A pesquisa determina que um intervalo prolongado de 45 semanas (aproximadamente de 11 meses) entre as primeiras duas doses do imunizante intensificou a resposta imune em até 18 vezes, 28 dias após tomar a segunda dose. A AstraZeneca diz que o período maior revela que uma demora na aplicação não afeta o efeito da vacina no corpo.
No Brasil, atualmente é usado um intervalo de 12 semanas (três meses) entre as doses da vacina.