O imunizante dos laboratórios da Pfizer/BioNTech atua com as novas variantes da covid-19 em fluxo e “ainda não” necessita de adequação, afirmou o CEO da BioNTech, Ugur Sahin, hoje, que defendeu o reforço de uma terceira dose.
“É possível que, nos próximos seis a 12 meses, surja uma variante que demande adaptação da vacina, mas ainda não é o caso”, ressaltou Sahin, em entrevista coletiva.
“Tomar uma decisão agora pode se provar errado se, em três ou seis meses, houver outra variante dominante”, complementou.
De acordo com ele, essa modificação deve ser realizada somente se “a vacina existente não for eficaz, ou não tiver o melhor desempenho.”
“Por enquanto, sabemos que um reforço com a fórmula de base é suficiente”, destacou.
Dessa maneira, conforme Ugur Sahin , “a melhor abordagem para lidar com esta situação é continuar com uma dose de reforço”.
No início de julho, Pfizer e BioNTech anunciaram “resultados promissores” de testes com uma terceira dose e desejavam a permissão para administrá-la nos Estados Unidos e na Europa.
As declarações de Sahin foram ditas no decorrer da apresentação dos resultados financeiros da BioNTech no segundo trimestre.
Desde o começo do ano, o laboratório registrou 7,3 bilhões de euros, ou seja, em torno de R$ 45 bilhões de faturamento contra 69,4 milhões de euros, US$ 431 milhões no mesmo período do ano passado, antes de finalizar a imunização em combate ao coronavírus.
Essa alta “se deve, principalmente, ao aumento rápido do fornecimento da vacina contra a covid-19 em todo mundo”, esclareceu.
O laboratório já entregou mais de 1 bilhão de doses desde o início de 2021 e estima chegar a 2,2 bilhões até o final do ano.
Somente com este fármaco, a BioNTech espera faturar US$ 18,7 bilhões, em torno de R$ 116 bilhões este ano.
Em maio, o laboratório previa US$ 11,5 bilhões, isto é, por volta de R$ 71 bilhões em faturamento anual.