Sling: o famoso carregador de pano que facilita a vida das mães

Ideal para o dia a dia, pode ser usado em diferentes posições, que variam de acordo com a idade de cada bebê

Sling: o famoso carregador de pano que facilita a vida das mães

Adriana usa o sling com a filha Ágata, de 1 ano e 10 meses-Foto: Arquivo Pessoal

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Na correria do dia a dia onde as mulheres têm muitas funções e com a chegada da maternidade, um acessório conquistou a atenção do mundo materno: o carregador de bebê. A praticidade que o uso proporciona, fez muitas mães preferirem por esse tipo de acessório, não só para passearem com o bebê, mas também para irem às compras, cozinhar, limpar a casa e até trabalhar. Com isso, é normal ver mulheres transportando os bebês em slings, que são carregadores de pano feitos em tecidos não estruturados, que deixam o bebê enrolado ao corpo, podendo ser utilizado em diferentes posições, que variam conforme a idade de cada um.

O surgimento do sling vem de muitas culturas, como a africana, indígena, oriental e a andina, sendo usado como um modo de manter as tarefas sociais, sem deixar o bebê de lado.

Adriana Biato Scandelae é administradora de empresas e mãe de Ícaro, de 7 anos, e Ágata, de 1 ano e 10 meses. Quando ela teve o primeiro filho, ganhou um canguru e não se adaptou. “Foi aí que conheci o sling, comprei um e gostei muito. Facilitava a minha vida, pois o meu bebê, assim como a maioria, era um bebê que pedia muito colo. Até quase os dois anos dele, eu usava para ir no mercado. Os passeios geralmente eram com ele no sling, facilitava para amamentar inclusive”, diz.

Em 2017, ela fez um curso de doula e começou a orientar mães e gestantes a respeito de assuntos do universo materno. “Eu indicava o sling para as mães, que é parte do pacote da exterogestação. Elas não tinham onde comprar, não eram todas as pessoas que compravam pela internet. Então, para elas terem a opção de ver o produto e eu ensinar a usar, comecei a fazer alguns slings. Pesquisei bastante para entender tudo a respeito, comecei a aprender até melhor as amarrações. É uma coisa que deu muito certo para mim.”

Regina Itália Rampazzo é pediatra há 11 anos e relata sobre os benefícios do carregador de pano. Segundo ela, o primeiro aspecto é em relação a segurança para o bebê, que permite o contato corpo a corpo. Com isso, o bebê consegue escutar as batidas do coração da mãe, ou seja, som que reconhece desde a vida intrauterina, deixando-o mais seguro e calmo. Outro benefício é o contato direto com o corpo do pai ou da mãe, que traz ao bebê a sensação de estar no colo, pois o sling cria um formato de ninho, que envolve todo o corpo do bebê. O terceiro benefício é ligado a posição vertical em que o bebê fica depois de mamar, o que diminui os riscos de engasgo e refluxo. A quarta vantagem é que o bebê fica com a barriga em contato com a barriga da mãe, e essa posição auxilia no alívio das cólicas. Já o quinto aspecto proporciona um contato intenso entre os pais e o bebê, aumentando o vínculo entre pais e filhos. E, por fim, o sexto benefício, que é a maior liberdade para os pais.

Sannily Christina Rodrigues de Lima é empresária e conheceu o sling quando teve o segundo filho de 5 anos. “Naquela época não me adaptei ao sling. Agora, com o nosso caçulinha de três meses, o Pedro, já me adaptei e uso praticamente todos os dias, porque além da casa e das crianças, tenho o meu trabalho, não posso parar. Trabalho com ele no sling, onde fica praticamente a tarde todinha grudadinho comigo, dormindo. Acorda, mama e volta a dormir no sling. Recomendo e hoje sou uma adepta ao uso do sling”, declara.

A pediatra Regina orienta sobre a forma correta de carregar o bebê no sling. “A amarração precisa ser firme e segura e é necessário ficar atento ao comprimento, pois o sling deve estar sempre acima da linha do quadril. Escolha tecidos de algodão, são mais macios, frescos e permitem a sustentação de um bom equilíbrio térmico. O rosto do bebê deve estar sempre visível e as pernas em posição de sapinho, (45º em relação ao quadril).  A cabeça, o pescoço e as costas devem estar alinhados, e o bebê, acomodado. A barriga da criança tem que estar em contato com a barriga da mãe. A mãe tem que ser capaz de ver a face do bebê apenas olhando pra baixo, o tecido não deve cobrir completamente o bebê. A cabeça do bebê deve estar perto o suficiente do queixo da mãe, para que quando ela ao inclinar a cabeça para frente consiga sem esforço beijar a cabeça dele. O bebê nunca deve ser enrolado com o queixo colado no peito do adulto, pois pode restringir sua respiração.”

Além disso, também existem alguns cuidados no momento de utilizar o sling. Para a pediatra, primeiramente, os pais devem estar seguros e confiantes em relação ao manuseio, não devendo usar tecido gasto ou frouxo. É preciso prestar atenção na temperatura do bebê, visto que por ficar envolvido no tecido e muito próximo ao corpo da mãe ou do pai, pode fazê-lo sentir muito calor.

O bebê nunca deve ser enrolado completamente, o rosto tem que estar o tempo todo visível.

Sannily trabalha o dia todo com o Pedro no sling- Foto: Arquivo pessoal

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