No início do mundo o consumo de drogas era uma prática milenar e universal. Eram utilizadas como fins religiosos, culturais e medicinais. A partir do século XX, esse mesmo consumo se transformou em preocupação mundial, em função da alta frequência e dos danos sociais relacionados ao uso e ao comércio ilegal. O uso abusivo de drogas acarreta muitos problemas com a justiça, com a saúde, gera dificuldades nas relações, acidentes, entre outros problemas de falta de limites.
O que diferencia o uso de drogas no passado e nos dias atuais é que elas deixaram de ser um elemento de integração para se tornarem individualizadas e de uso abusivo, devido a enorme quantidade de substâncias disponíveis no mercado legal. As ofertas aumentaram assustadoramente, contribuindo para o aumento do número de indivíduos desempregados, com a alimentação inadequada ou faltosa, com ansiedade, depressão e que estão sofrendo com as limitações de uma vida normal que tinham antes da pandemia, pois há a proibição de circulação em locais e centro de entretenimento, prejudicando a socialização deste grupo de pessoas.
Uma das principais causas do uso de drogas é a necessidade de fazer parte da sociedade, de pertencer e de ser aceito. E existem vários motivos que justifiquem o início do uso e depois do abuso dessas substâncias, sendo que as drogas afetam a saúde, a moral, a economia e podem ocasionar transtornos de personalidade uma vez que oferece uma falsa liberdade e poder a quem usa, e lucro a que comercializa.
Esses motivos aumentam os números de mortes relacionadas a acidentes, violências e o uso de armas de fogo. Porém o abuso de drogas é um grande problema de saúde no mundo todo, inclusive em nosso país. São muitos os motivos que levam as pessoas ao uso descontrolado de drogas lícitas e ilícitas, e o abuso dessas substâncias é mais comum entre adultos e adolescentes.
Infelizmente existe uma tendência a aumentar porque a cada dia aumenta o número de indivíduos que experimentam, fazem hábito e depois vício, isso falando de todas as drogas. As principais causas de uso de drogas é a necessidade de ser parte da sociedade, de pertencimento dessa sociedade, depressão e falta de lazer.
Curiosamente a maioria das pesquisas realizadas para estabelecer evidências clínicas se concentram no grupo masculino. O apelo psicológico da mídia atinge negativamente os adolescentes, enquanto a população feminina é bombardeada por ofertas de drogas lícitas como o álcool, tabaco e os anorexígenos, através dos meios de comunicação que insistem em vincular o consumo associado à beleza, sedução, sucesso, riqueza e felicidade.
Verifica-se maior comorbidade associada ao uso do álcool entre as mulheres que apresentam taxas mais elevadas de cirrose hepática, hipertensão arterial, anemia, desnutrição, úlceras gastrointestinais, cardiopatias e transtornos psiquiátricos. Drogas como a cocaína, a maconha, os tranquilizantes e estimulantes tem efeitos mais prejudiciais neste grupo.
Uma vez que as pessoas usam drogas com frequência, pode acontecer de virar um hábito, em decorrência do uso diário e excessivo, que está associado a pensamentos, comportamentos, pessoas, lugares e outras situações, e com o passar do tempo pode-se criar a dependência. O problema começa a ter volume econômico, social, familiar e até espiritual.
E como combater o uso e abuso das drogas?
Depois de presenciar muitas experiências negativas com o uso e o abuso de drogas pensei que podia ser interessante buscar formas de incentivar essa população a mudar seu estilo de vida, tentar conscientizá-las a diminuir o consumo de remédios, drogas e outras substâncias aditivas como: o álcool, o cigarro, a maconha e a cocaína.
São vários os segmentos que fazem um trabalho social na recuperação dessas pessoas como: a igreja, a saúde e os grupos de apoio existentes nas maiorias das cidades. E como o alcoolismo e drogadição são doenças biopsicossociais, o tratamento deve ocorrer também nessas três esferas. Por isso o profissional da saúde é fundamental, como o médico, o psicólogo ou um grupo de apoio que tenha pessoas que tratam a mesma doença.
Vale lembrar que usar de violência contra pessoas que estão doentes não é a solução, pois a repressão não possibilita um resultado duradouro, além de acabar com a dignidade que lhe resta.
Mas a soma desses tratamentos é o que resulta no maior número de recuperados, mesmo porque essa é uma doença (drogadição e alcoolismo) multifatorial.