Taxa de ocupação de UTIs de coronavírus atinge o melhor nível desde outubro do ano passado

62 leitos de enfermaria serão destinados para o novo coronavírus no Paraná

Foto: Agência Estadual de Notícias

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Nenhum estado do Brasil está com taxa maior de 80% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para coronavírus ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). Isso não acontece desde outubro do ano passado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com os pesquisadores encarregados pelo estudo, o país está no melhor momento para a ocupação de leitos desde que o índice passou a ser monitorado pelo boletim, em julho do ano passado. Na verificação desta semana, eles voltam a frisar que a imunização tem feito grande diferença para a contenção dos casos graves da doença e solicitam que o acesso para as vacinas seja expandida e de maneira rápida.

“Merece destaque a observação de que o cenário de melhora das taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS já convive, sem prejuízos, com a redução significativa de leitos destinados à covid-19 em muitos estados e no Distrito Federal. O gerenciamento desse processo, ainda que exija monitoramento cuidadoso da pandemia, é desejável frente aos desafios postos para o sistema de saúde pelo represamento de demandas por diferentes condições de saúde no decorrer da pandemia”, disse o estudo.

O boletim sugere que seja mantido o alerta quanto à chance da variante Delta trazer problemas a esse cenário de melhora. Mesmo com o contexto favorável, o texto atenta que, “considerando que ainda são altos os níveis de transmissão do vírus, casos e óbitos, é também importante combinar a vacinação com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados positivos na direção do controle da pandemia.”

Alerta crítica

Quando mais de 80% das vagas de UTI estão ocupadas, o boletim afirma que a assistência aos casos graves de coronavírus está na extensão de alerta crítica. O Brasil chegou a ter 25 unidades federativas nessa circunstância ao mesmo tempo, em 15 de março, quando a pandemia estava no pior momento no país.

No boletim divulgado desta quarta-feira (11) com dados reunidos na segunda-feira (9), 21 estados e o Distrito Federal estão fora da zona de alerta, com índices de ocupação para covid-19 inferiores a 60%. Já na zona de alerta intermediária, com entre 60% e 80% de ocupação, estão Goiás (78%), Mato Grosso (79%), Rio de Janeiro (67%), Rondônia (64%) e Roraima (70%).

No caso dos dois estados da Região Norte, que antes estavam fora da zona de alerta, a Fiocruz revela que a ascensão do número se deve à diminuição de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS, “provavelmente em um processo de gerenciamento de leitos frente à queda na demanda, e não ao aumento de leitos ocupados.”

Entre as capitais, Goiânia (92%) e Rio de Janeiro (97%) estão com taxas de ocupação na zona de alerta crítica, condição que é mantida há semanas. De outra forma, 19 capitais estão fora da zona de alerta: Rio Branco (12%), Manaus (54%), Belém (44%), Macapá (29%), Palmas (53%), Teresina (39%), Fortaleza (53%), Natal (34%), João Pessoa (19%), Recife (39%), Maceió (25%), Aracaju (43%), Salvador (38%), Belo Horizonte (57%), Vitória (36%), São Paulo (43%), Florianópolis (31%), Porto Alegre (59%) e Brasília (59%). As demais estão na zona de alerta intermediária.

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