Variante Delta apresenta sintomas parecidos com a gripe

Variante Delta em breve dominará todo o mundo, segundo aviso da OMS

Foto: Reprodução

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A variante Delta está alterando o cenário da pandemia no mundo. Mesmo nos países com altos índices de pessoas vacinadas, a quantia de infectados com a cepa que surgiu na Índia não para de aumentar.  Além de  ser mais transmissível, ela provoca sintomas diferentes daqueles causados pelo coronavírus e pelas outras mutações do vírus. O sujeito infectado tem dificuldades parecidas com a gripe.

“Temos visto mesmo que os sintomas da Delta são mais febre, dor no corpo, coriza, dor de garganta, pouquinho menos de tosse se comparado com os infectados no ano passado e do começo deste ano. Nos primeiros dias de infecção, os sintomas são muito parecidos com os dos vírus respiratórios, principalmente a gripe”, disse o infectologista Gustavo Henrique Johanson, médico do Hospital Israelita Albert Einstein.

“O que está chamando mais atenção é que os pacientes agora apresentam um pouco mais coriza no início do quadro infeccioso do que no começo da pandemia. Anteriormente, os pacientes apresentavam muita tosse e nada de coriza, seco. Parecia uma gripe seca.”

Segundo dados de ontem do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 200 infectados com a nova cepa, em oito Estados, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Maranhão, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Goiás e o Distrito Federal. Foram notificados 14 óbitos por causada da variante.

Com 89 casos, o Rio é o local com mais infectados do país. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) comunicou que 95,6% dos pacientes tiveram uma síndrome gripal.

O infectologista ressalta que não é possível fazer um diagnóstico exato apenas com avaliação clínica. “É difícil diferenciar só com análise dos sintomas, somente o teste consegue detectar se é gripe, resfriado ou covid. Se um paciente chega e fala para mim: estou com dor de garganta. Não dá para afirmar se é só uma dor de garganta, uma gripe, um resfriado ou covid. Só o teste é que vai confirmar”, afirmou Johanson.

As diferenciações iniciaram a partir do terceiro dia de sintomas. “Nos primeiros dias é praticamente indistinguível. Mas a gripe dura dois dias para grande maioria das pessoas, três quando muito. Com covid, o paciente pode ficar com febre 10, 12, 14 dias. Obviamente, se a pessoa não melhora em dois dias, continua dor de garganta, febre, inapetência, coriza, dor no corpo, é óbvio que, clinicamente falando, a probabilidade de ser covid ganha mais força”, relatou o infectologista.

Apesar da cepa ser dominante ou não no país, a recomendação dos médicos segue a mesma do início da pandemia. “Por conta da alta incidência de casos de covid que ainda temos no Brasil, a primeira hipótese que fazemos para um sintoma gripal ou de resfriado é de covid. Espirrou, tossiu, escorreu o nariz, doeu a garganta é covid até que se prove o contrário”, finalizou Johanson.

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