Investir em produtos que promovam a energia renovável também faz parte das ações da Sercomtel Iluminação. A companhia londrinense, estabelecida há seis anos, iniciou uma fase de testes que utiliza luminárias LED com capacidade para reter e converter a energia solar em iluminação noturna. Trata-se de uma luminária solar do modelo “SMD” (Surface Mounted Diode), que é mais versátil e otimizado por compactar espaços de componentes do LED. Uma fabricante forneceu, sob cortesia, duas unidades para avaliação.
A Sercomtel Iluminação instalou os modelos, um de 120 watts e outro de 180 watts, em rua que liga as chácaras da região do Jardim Quebequinho, zona sul de Londrina, onde deverá permanecer por tempo indefinido. “Queremos ver se esses modelos atendem às nossas expectativas. Se forem aprovados, poderemos estabelecer um processo de implantação em Londrina”, salientou o presidente da Sercomtel Iluminação, Luciano Kühl.
O LED solar, além de ser ecologicamente correto, é ideal para ser implantado em locais onde não há rede elétrica de baixa tensão. A estrutura é que alimenta as luminárias convencionais. “Por isso resolvemos testar na região das chácaras”, disse o presidente.
Kühl lembrou ainda que, se os modelos forem aprovados, a sua utilização em escala deve representar a redução de custos com energia, além de economia com cabeamentos e projetos. “Trata-se de um produto de fácil instalação e substituição, é zero poluente, citou”.
Os modelos que estão em avaliação possuem tecnologia de primeira linha. Segundo o fabricante, cada unidade pode oferecer, se for preciso, fluxo de iluminação total durante 24 horas. Entretanto, os modelos podem economizar energia e aumentar a autonomia para 36 horas de fluxo luminoso, através do acionamento de sensores de presença. Eles reduzem a capacidade de luminosidade em 50% quando não há trânsito de veículos. Os sensores são ativados a oito metros de distância de cada um dos lados. As unidades também possuem sistema de dimerização opcional, para regular a intensidade luminosa, o que sugere eficiência energética.
O sócio-proprietário da fabricante, Lauro Bianchin, frisou que “até quando há mormaço a placa carrega normalmente. Não precisa ter necessariamente sol para carregar. Só não carrega se houver escuridão total, por isso ela tem sempre a eficiência de 24 a 36 horas”, explicou. A bateria dos modelos em teste tem garantia de cinco anos.
As luminárias foram desenvolvidas para serem híbridas (podem ser ligadas na rede elétrica também). Possuem ainda programações especiais (2, 4 e 6 horas) para ficarem ligadas com fluxo total em 100%. Após esse prazo, elas voltam para o modo sensor. “Sabemos que o fluxo de pessoas é das 18h30 às 24 horas. Nesse período a luminária pode ser programada para não ter o sensor, depois ela volta normalmente. E ela pode ser programada para ficar 100% ligada a noite toda. Ao amanhecer, a placa reconhece que é dia, desliga o sistema e começa a carregar”, comentou Bianchin.
Vários lugares – No Norte do Brasil, e mesmo no Paraná, a utilização de LED Solar é uma realidade. Aqui existem projetos e unidades do gênero nas cidades de Castelo Branco, Assis Chateaubriand, Cianorte, Maringá, Paiçandu e Arapongas, dentre outras.
A energia solar é renovável e está dentro dos conceitos preconizados pelas chamadas “smart-city”, cujo programa a Sercomtel Iluminação quer protagonizar em Londrina. Hoje o Brasil tem 1,5% de captação de energia solar, mas prevê salto para 10% de participação na matriz elétrica até 2030.
Fonte: Prefeitura de Londrina – Arquivo O Maringá