Promover soluções para os desafios enfrentados pelos agricultores piauienses por meio da aplicação de tecnologias no campo. Essa é a proposta do Projeto de Transferência de Tecnologias e Inovação em Fruticultura (ProFruti), iniciativa da Embrapa Meio-Norte financiado pela Fapepi, que no dia 7 de maio realizou, em Parnaíba, um seminário dedicado à cultura do maracujá irrigado, destacando as particularidades dessa frutífera e as inovações voltadas ao seu cultivo.
O processo de produção do maracujá irrigado é bastante complexo e requer atenção constante. Aspectos como acidez e umidade do solo, manejo da água e eficiência hídrica, polinização e poda não podem ser ignorados pelo produtor que objetiva cultivar a fruta e obter uma boa produtividade.
Em visita técnica à Unidade de Referência Tecnológica (URT) localizada no Distrito de Irrigação Tabuleiros Litorâneos do Piauí, o coordenador do programa nacional de melhoramento de maracujá da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, demonstrou entusiasmo com os resultados do experimento da frutífera e evidenciou uma expectativa de grande florada. “Chega a ser emocionante você ver o resultado desse projeto, haja vista que o cultivo dessa frutífera desanimou muitos produtores, por conta da fusariose. Eu diria que um pomar saudável como esse tem expectativa de recorde de produtividade aqui na região. É impressionante uma unidade de referência tecnológica, com um sistema orgânico, ter essa capacidade produtiva”, avaliou Fábio.
Além disso, o pesquisador destacou o pioneirismo do Piauí. “É a primeira vez que se tem registro, no Piauí, de um BRS Pérola do Cerrado produzindo com essa qualidade. É um protagonismo que vocês estão tendo que serve como referência para o Brasil”.
O entusiasmo de Faleiro é compartilhado por Rositônia Meneses, agricultora há mais de 20 anos nos tabuleiros litorâneos, que avalia o experimento do maracujá como um sucesso. “Antes a gente plantava e logo ele morria, dava uma doença e murchava. Hoje, com a Embrapa, nós estamos muito esperançosos de que o maracujá vai dar certo, por que as mudas estão lindas e com um desenvolvimento ótimo. Gostaria muito que outros produtores viessem somar junto com a gente”, destacou.
Com os resultados positivos obtidos na URT de Parnaíba, o pesquisador Valdemício Ferreira, coordenador do projeto ProFruti, acredita que em breve a cultura do maracujá será expandida no Piauí. “A parceria entre a Embrapa Meio-Norte e a Embrapa Cerrados está sendo muito produtiva, haja vista que ela nos ajuda a fazer a diferença na transformação tecnológica na cultura do maracujá aqui no Piauí. Portanto a nossa expectativa é de que em breve a cultura do maracujá seja trabalhada e produzida por grande parte dos agricultores e irrigantes do nosso estado”.
Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi) e com apoio direto da Câmara Setorial Estadual de Fruticultura, o ProFruti tem como objetivo adaptar e transferir tecnologias de cultivo, manejo, produção e agregação de valor às fruteiras tropicais, visando ao desenvolvimento integrado e sustentável com inovação no Piauí.
Fonte: Agência Gov