Como fazer a mala perfeita

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Foto: Barbara Neme Dutra.

Se você, assim como eu, ama viajar, então fazer a mala é parte da sua rotina, e por mais simples que pareça, essa parte é muito importante para podermos desfrutar bem da viagem.

Eu não sou personal stylist ou organizer, mas com o passar dos anos fui melhorando a minha técnica, ganhando prática, até que me tornei a especialista da turma!

Assim como qualquer viajante inexperiente, em minha primeira aventura fora do país errei feio na (falta de) organização, e levei duas malas de 40kg CHEIAS para meu intercâmbio na Cidade do Cabo.

Não levei roupas de inverno adequadas, nem tênis de escalada, então além de gastar dinheiro comprando esses itens, vocês podem imaginar que na hora de voltar também tive que comprar mais uma mala e foi um verdadeiro drama fazer tudo caber de volta.

A partir de então, em cada viagem que fazia eu ia melhorando, até que quando comecei a trabalhar como comissária de bordo percebi que para uma layover (descanso no destino) eu só precisava da minha bagagem de mão, uma mala Delsey de até 12kg, para sobreviver em outro país.

Foto: Barbara Neme Dutra. Suíça 2018.

Muita gente gosta e recomenda que se façam listas, pode funcionar para alguns, mas nunca achei funcional, uma vez que se apegar a pequenos itens atrapalha mais do que ajuda, e se você está indo para a praia e esqueceu o protetor solar, tudo bem é só comprar um novo de tamanho pequeno. Se você esqueceu de levar a quantidade certa de roupas íntimas, é só comprar uma versão mais barata para usar naquele dia, ou então lavar e deixar secando no hotel/casa. O mais importante é não estragar seu dia ou se martirizar por ter esquecido algo, pois no mundo globalizado de hoje é fácil encontrar marcas similares às do seu país, ou até melhores, que supram sua necessidade naquele momento!

Feitas as considerações iniciais, agora vamos às dicas! A primeira é ter sempre à mão uma bolsinha de cosméticos e maquiagem básica sempre pronta, pois será nela que vou armazenar todos os itens que preciso para me maquiar e me cuidar, então não perco muito tempo separando tudo (lembrando que para bagagem de mão existe uma quantidade de líquidos permitida e tamanho dos frascos, então os cosméticos em barra ajudam muito). Além disso, é essencial levarmos conosco medicações básicas para situações corriqueiras (dores de cabeça, febre, náusea, alergia, etc), pois conseguir se expressar e comprar algo na Rússia ou na China não é nada fácil e pode se tornar um verdadeiro transtorno.

Quanto às roupas, leve sempre um par de roupas de baixo de material que seca rápido, caso o tempo de estadia aumente além do planejado, roupas básicas para várias combinações, como uma camisa preta ou branca, dois conjuntos de roupa íntima, uma jaqueta, uma calça jeans, e algum calçado versátil, são itens essenciais, principalmente o calçado, para não atrapalhar nas atividades. Aliás, a escolha de um bom calçado faz total diferença, tanto para que você possa caminhar sem sentir dor, quanto para poder aproveitar melhor seu tempo, sem precisar ficar voltando para o hotel e se arrumar, podendo utilizá-lo em um longo dia de passeio por pontos turísticos, até jantar em um local mais arrumado sem se sentir mal vestida. De costume eu levava botas de cano curto, e como sou muito friorenta, tinha sempre comigo um cachecol, pois como minha avó sempre diz: “pescoço quentinho esquenta tudo”.

Foto: : Barbara Neme Dutra. 10 dias em Kathmandu, Nepal. Final do inverno 2019.

Se possível, sempre arrume sua mala com antecedência mínima de um dia, para não ficar com a sensação de que está esquecendo algo vital como o carregador do celular, ou seu adaptador universal, e claro, cheque a previsão do tempo para não cometer o erro de levar havaianas no período de chuvas, ou botas no verão.

Para uma viagem de longa estada, é normal levarmos uma bagagem de despacho, e é importante que esta não esteja lotada, pois devemos sempre reservar espaço para as “lembrancinhas”, e deixar a mala quase estourando além de diminuir o tempo de vida útil de sua bagagem, faz você correr o risco de ela estourar e você perder itens! O que mais vale em uma viagem é a experiência que ela nos proporciona, os muitos aprendizados, amizades que fazemos pelo caminho, e as fotos que tiramos, que sempre nos lembrarão da aventura que vivemos. Os imãs e canecas se quebram, as roupas ficam velhas, e você fica com um quarto entupido, como o de uma pessoa acumuladora, igual ao meu, porque demorei para aprender isso.

Já para os aventureiros de plantão que estão se mudando para outro país, o recado é totalmente diferente: levem duas malas sim, mas não de roupas, de comida mesmo! Todo mundo sente falta da comida de casa, e uma paçoca ou farofa salva vidas naquele dia em que ficamos desesperados a um oceano de distância de casa. O gostinho de Brasil acalma a alma, e nos faz matar um pouco das saudades que com o passar dos dias e meses nos tomam por completo. Dica de ouro: racionem, elas não duram para sempre, e pode ser difícil encontrar reposição.

Gosto de lembrar que toda aventura vem acompanhada de medo, ninguém vai parar no Cambodia no impulso, a diferença entre os nômades e os demais é que a gente vai com medo mesmo, e quando estamos com a bagagem preparada, a experiência é mais leve e segura. Boa sorte e boa viagem!

Foto: Barbara Neme Dutra, Bali- Indonesia 2018

 

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