A atividade industrial cresceu 0,6% no Paraná em março, no comparativo com fevereiro deste ano. O montante representa o dobro da média nacional (0,3%) e é também o melhor índice da Região Sul do País – Santa Catarina (-3,8%) e Rio Grande do Sul (-0,3%) apresentaram retração no período. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta terça-feira (10).
Com esse índice, o Paraná alcançou crescimento acumulado de 5,8% nos últimos 12 meses. É um comparativo de abril de 2021 a março de 2022, em relação a abril de 2020 e março de 2021, recorte já impactado pela pandemia da Covid-19. Esse é o sexto maior aumento do País, atrás apenas de Mato Grosso e Minas Gerais (ambos com 7%), Amazonas (6,4%), Espírito Santo (6,4%) e Rio de Janeiro (6,2%).
Nesse caso o indicador também é superior aos estados vizinhos: Rio Grande do Sul cresceu 5% e Santa Catarina 3,5% no intervalo de 12 meses. Também é maior que o desempenho apresentado pelo principal polo industrial do País – São Paulo com 2,1%.
Na comparação com março de 2021, a indústria paranaense apresentou recuo de 2,8%, dentro da tendência nacional, que registrou redução de 2,1%. Sete dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas. No acumulado do primeiro trimestre do ano, o resultado estadual aponta recuo de 2,7%, ante queda de 4,5% na junção de todas as unidades federativas.
Os principais impactos positivos nesses 12 meses foram na fabricação de máquinas e equipamentos (36,1%), automóveis, reboques e carrocerias (29,2%), bebidas (14,8%), produtos de madeira (14,4%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (5,5%), produtos de minerais não-metálicos (4,9%) e produtos químicos (4,1%).
No comparativo mensal (com março do ano passado), os principais motores foram fabricação de bebidas; de veículos automotores, reboques; e de carrocerias e celulose, papel e produtos de papel.
A indústria paranaense cresceu 9% em 2021, em franca retomada do período da crise provocada pela pandemia, com um dos maiores indicadores do Brasil. Atualmente a produção mantém certa estabilidade, mas impactada pelas instabilidades nos insumos e inflação (11,3% até março de 2022), com impacto direto sobre os custos das empresas.
Antes da chegada do coronavírus, a indústria estadual crescia a taxas próximas de 5%, com forte influência da expansão produtiva da agroindústria, que, por sua vez, havia sido favorecida por uma safra agrícola recorde na temporada 2019/2020.
INDÚSTRIA NACIONAL
A produção industrial avançou em nove dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em março. Os destaques do mês foram São Paulo (8,4%) e Ceará (3,8%), com as maiores expansões. Mato Grosso (2,8%), Minas Gerais (2,4%), Rio de Janeiro (2,1%), Região Nordeste (1,8%), Paraná (0,6%), Amazonas (0,3%) e Bahia (0,1%) também tiveram índices positivos.
Na passagem de fevereiro para março, Santa Catarina (-3,8%) foi o local com recuo mais elevado, interrompendo dois meses de alta na produção. Já a produção industrial do Pará caiu 3,3% e eliminou parte do avanço de 23,2% registrado em fevereiro. Outro estado em que a indústria caiu foi o Espírito Santo (-3,0%), que intensificou o recuo do mês anterior (-0,7%).
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Fonte: AEN-PR/IBGE