Em tempos de esperança para o fim da pandemia da Covid-19, o que mais percebemos é que todas as áreas de nossa sociedade foram afetadas de alguma forma. Quando esse período passar e a doença ser controlada, presenciaremos o que chamam de “novo normal”. Mas o que haverá de novo? E o que haverá de normal? Desde seus primórdios, a arquitetura acompanha e se adapta ao cenário vigente da sociedade e dessa vez não seria diferente. Com a pandemia, a criação acelerada dos espaços chamados “hospitais de campanha” geraram discussões no que se refere a novas formas de se projetar em arquitetura hospitalar.
Esse segmento sempre visou a cura dos pacientes de forma mais eficiente através da arquitetura dos espaços e cada vez mais, pesquisadores estudam para aprimorar e criar fatores que proporcionam o bem-estar espacial atrelado a uma estadia e cura mais rápida nos ambientes hospitalares. Afinal de contas, como será o hospital do futuro? Segundo documentário produzido pelo escritório OMA, conhecido por sua arquitetura de atuação mundial, o hospital do futuro terá sua estrutura mutável. Os projetos deverão prever transformações a fim de atender diferentes demandas. Entrando em acordo com a segurança proporcionada pelo distanciamento, os hospitais também devem ser autossuficientes, devem produzir seus próprios insumos, medicamentos e até mesmo sua própria comida, tudo que equipe e pacientes precisam, se tornando projetos multifuncionais.
Além disso, todas essas atividades devem ser desenvolvidas graças a uma tecnologia onipresente de automação, não necessitando da presença médica física em todos os procedimentos, salvo emergenciais. Ademais, devido a alta demanda de pacientes o atendimento remoto e a realização até de pequenos procedimentos cirúrgicos à distância serão possíveis por conta da tecnologia, levando a medicina aos locais mais necessitados. Se apresentando dessa forma, automatizados e autossuficientes, os hospitais do futuro se mostram mais humanos?