Por Jornalista Pedro Ernesto Macedo
Há eventos que marcam um calendário, e há eventos que marcam uma era. A Expoingá, realizada anualmente na pujante cidade de Maringá, no coração do Paraná, não é apenas uma feira agropecuária: é uma síntese viva do Brasil que pulsa no campo, respira na cidade e se projeta para o mundo. Mas por trás dessa engrenagem que mobiliza economias, conecta territórios e alimenta o país com ideias e inovação, está uma mulher que não dirige apenas uma instituição — ela conduz um tempo. Seu nome é Maria Iraclézia de Araújo.
Presidente da Sociedade Rural de Maringá, Maria Iraclézia não representa apenas um marco no agronegócio nacional por ser a primeira mulher a presidir uma entidade rural desse porte. Ela representa uma nova lógica de liderança: ética, técnica e poética. Uma liderança que não apenas gere números, mas gere pertencimento. Que não apenas articula parcerias, mas cultiva vínculos. Que não apenas administra, mas inspira.
Sob sua condução, a Expoingá se tornou algo maior do que uma vitrine agropecuária: ela passou a ser um organismo cultural, educativo, econômico e simbólico. É ali que o agronegócio se encontra com a inovação, que o produtor rural se senta à mesa com os investidores, que crianças da cidade aprendem a respeitar o campo, e que o Brasil descobre que o agro também é afeto, ciência, cuidado, estética, propósito.
Não há exagero algum em dizer que Maria Iraclézia ressignificou o sentido da palavra “feira”. Ela a transformou em palco de futuro. Em lugar de escuta e reconciliação. Em espaço de síntese entre tradição e tecnologia. Porque ela compreendeu, antes de muitos, que o futuro do Brasil depende de quem conseguir unir os dois Brasis: o urbano e o rural. E, sobretudo, de quem conseguir colocar humanidade no centro dessa equação.
É impossível caminhar pelos corredores da Expoingá e não perceber a presença da presidente em cada detalhe. Desde o cuidado com o produtor familiar até a grandiosidade das negociações de escala internacional. Desde o incentivo às startups e universidades, até o acolhimento à cultura popular. Tudo pulsa com um mesmo ritmo: o da inteligência afetiva, que só grandes líderes são capazes de cultivar.
Maria Iraclézia não lidera com soberba. Lidera com compostura. Não encanta com espetáculo vazio. Encanta com profundidade. Sua força está na coerência entre o que diz e o que faz. No silêncio que ela escuta antes de responder. No sorriso que acolhe, mesmo nos dias de pressão. Na firmeza serena de quem sabe que liderar é, antes de tudo, cuidar. Cuidar da terra, das pessoas, do sonho coletivo.
Num Brasil em que tantas instituições desmoronam por dentro, a Sociedade Rural de Maringá se tornou um pilar. E isso se deve, em grande parte, à visão de sua presidente. Ela não se limitou a repetir fórmulas do passado. Ela ousou. Ela redesenhou. Ela compreendeu que o agro do século XXI precisa ser verde e digital, precisa ser competitivo e inclusivo, precisa ser eficiente e ético. Precisa, enfim, de alma.
E talvez seja esse o maior ensinamento que Maria Iraclézia de Araújo deixa a cada edição da Expoingá: que o agro não é apenas força econômica — é força humana. É o que alimenta o corpo, mas também o que estrutura o país.
Enquanto tantos buscam notoriedade, Maria Iraclézia constrói relevância. Enquanto muitos disputam espaço, ela planta legado. Enquanto alguns acenam para a história, ela escreve uma.
A Expoingá é um espelho do Brasil que queremos: produtivo, moderno, justo, respeitoso com suas raízes e ousado em seus sonhos. E Maria Iraclézia é uma das mãos mais firmes e visionárias a segurar esse espelho.
Que o Brasil olhe para Maringá com atenção. Porque ali, sob a sombra acolhedora da Expoingá, brota não apenas o alimento que chega à nossa mesa — mas a liderança que o Brasil tanto precisa colher.