‘Foi bastante enriquecedor e eu não sou mais a mesma’, diz poeta do Festival Pé Vermelho de Poesia

Evillin era um dos poetas que participaram da Residência Poética e apresentaram sua produção durante evento organizado pelo Coletivo Pé Vermelho, neste domingo, 28 de maio, em Maringá

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Evillin produziu zine durante a Residência (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

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Diante de um público interessado em literatura, dez poetas de Maringá participaram do 1º Festival Pé Vermelho de Poesia na tarde deste domingo, 28 de maio, na Coletiva Mostra Multicultural da Cidade Canção. Organizado pelo Coletivo Pé Vermelho, o evento foi viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti.

O Festival é o resultado de uma etapa anterior, a Residência Poética, que reuniu os escritores e escritoras para adquirirem conhecimentos e novas técnicas em oficinas de curtinhas, pocket zines, corpo e voz, poesia visual e jogos teatrais.

Assim, os poetas Alexandra Ruan, Bolinha Podre, Devequi, Evillin, Gi Gasino, Gui Fioratti, Franciely Contrigiani, Nati Vieira, Pedro Covre e Suélen Dominguês apresentaram pílulas poéticas, zines e performances no domingo.

“A nossa preparação foi muito transformadora, porque eram dez poetas compartilhando experiências e cada um com sua individualidade, sua particularidade. A gente teve aulas maravilhosas com professores incríveis. Então, foi bastante enriquecedor e eu não sou mais a mesma depois”, diz Evillin (@evipoesias), em entrevista a este O Maringá.

Apresentação durante o Festival (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Oriunda de Umuarama (a 162 km de Maringá), ela morou durante anos em São Paulo, onde conheceu a produção do slam – o Poetry Slam (em português, “batalha de poesia”) e passou a escrever nesse formato e participar. Quando se mudou para a Cidade Canção, Evillin passou a frequentar os campeonatos do Slam Pé Vermelho. “A gente formou uma nova família porque são pessoas muito especiais”.

Em 2022, ela foi campeã do slam na etapa final e representou Maringá em Curitiba, durante o campeonato estadual, o Slam Paraná. Segundo ela, foi uma experiência transformadora. “Tinha poetas do Paraná todo e eram pessoas incríveis, que passavam uma mensagem maravilhosa”, destacando que foi uma oportunidade de mergulhar nesse mundo do slam.

Evillin explica que as etapas de classificação são municipais, estaduais, nacionais e o Mundial.

A poeta escreve há dez anos, ainda não lançou livros, mas mostra seu trabalho nas redes sociais e em zines. Aliás, um dos passos futuros é reunir seus poemas no formato de obra e publicar, chegando a todos os públicos. E outro é nunca abandonar a produção literária, pois ela passou por um período de depressão que interrompeu sua escrita. “Depois, comecei a usá-la como ferramenta de resistência, inclusive contra a doença”.

Evillin e Pedro (Crédito: Cristiano Martinez/O Maringá)

Inserção
Outro residente que apresentou seu trabalho no Festival foi Pedro Covre (@pedrocovre_). Ele já escreve há três, quatro anos. “Mas eu não estava inserido na cena da literatura maringaense”, explicando que publicava apenas em seu perfil no Instagram.

Assim, a Residência Poética foi para ele uma porta de entrada na cena de literatura na Cidade Canção e possibilitou conhecer novas formas de produção, caso das curtinhas, das performances, da poesia visual e do pocket zine, que classifica como uma forma potente de divulgação do trabalho.

Com essa experiência, Covre quer lançar em breve um zine, que considera uma forma mais acessível de produção. Além de continuar nas redes sociais.

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Leia mais detalhes sobre o evento: Festival Pé Vermelho de Poesia apresenta produção diversificada de dez poetas

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