Sumário
- Etimologia do nome Maringá
- História de Maringá
- Planejamento da cidade
- Geografia e vegetação predominante de Maringá
- Clima e Temperatura em Maringá
- Dados demográficos de Maringá
- Cidades-irmãs de Maringá
- Economia do Município
- Distritos de Maringá
- Maringá Cidade Jardim
- Maringá nos Esportes
- Bairro Futurista (Euro Garden Maringá)
- Melhor saneamento básico do Brasil
Maringá-PR, é um município brasileiro de porte médio-grande, caracterizado por seu planejamento urbano recente. Classificada como a terceira maior cidade do estado e a sétima na região sul do Brasil em termos de população, destaca-se pela excelente qualidade de vida proporcionada aos seus habitantes e pela sua importância como centro rodoviário regional. Reconhecida como uma das cidades mais arborizadas e limpas do país.
De acordo com o Censo de 2022, a população de Maringá era de 409.657 habitantes, enquanto sua Região Metropolitana contava com mais de 800.000 habitantes (dados do IBGE de 2020). Fundada em 10 de maio de 1947 pela Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná, Maringá inicialmente foi uma vila e depois um distrito do município de Mandaguari, alcançando o status de município por meio da Lei nº 790, de 14 de fevereiro de 1951, ao se separar do referido município.
O povoamento da área que agora compreende o município de Maringá teve início por volta de 1938, mas foi somente nos primeiros anos da década de 1940 que as primeiras construções urbanas começaram a surgir na localidade posteriormente conhecida como Maringá Velho. Essas construções, principalmente rudimentares e de madeira, foram destinadas principalmente a estabelecer um núcleo mínimo para abrigar os numerosos migrantes que chegavam à nova terra.
Nossos pioneiros chegaram em caravanas de vários estados do Brasil, organizadas pela CMNP – Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, compostas principalmente por colonos paulistas, mineiros e nordestinos. Os anos de 1947 e 1949 registraram a maior chegada de famílias. No incipiente núcleo urbano, concentravam-se atividades como compra e venda de terras, negociações entre proprietários, acomodação de recém-chegados e algumas poucas transações comerciais.
Além disso, o local também servia como uma espécie de ponto de apoio para aqueles que se aventuravam nas áreas desconhecidas em direção às margens do Rio Ivaí. A CMNP foi responsável pela venda de terras e lotes, bem como pela construção de estradas e estabelecimento de núcleos urbanos. O layout urbano da pequena vila refletia a natureza temporária do assentamento, com ruas irregulares e falta de infraestrutura básica como iluminação e abastecimento de água.
Desde cedo, esse centro pioneiro começou a diversificar suas funções à medida que a região era mais ocupada. Maringá Velho deixou de ser apenas um ponto central de desbravamento e tornou-se um local onde os colonos se reuniam para receber notícias, correspondências, fazer compras e estabelecer uma rudimentar rede de comunicações.
O nome “Maringá” foi dado pela Companhia Norte do Paraná ao delimitar a região, seguindo a prática de nomear rios e córregos, que por sua vez dariam nome às futuras cidades. Um desses córregos recebeu o nome de Maringá, atribuído por Raul da Silva, na época chefe do escritório de vendas da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em Mandaguari, possivelmente inspirado na canção de Joubert de Carvalho.
Assim, Maringá foi batizada com o nome da canção, que por sua vez também tem sua própria história. Maria do Ingá, uma bela cabocla de Pombal, interior da Paraíba, inspirou a música devido à sua beleza e ao amor do político Rui Carneiro por ela e sua terra natal. Surgiu então a canção “Maringá, Maringá”, que se tornou um sucesso por volta de 1935.
Distrito criado com o nome de Maringá, pela Lei nº 2, de 11-10-1947, subordinado ao município de Mandaguari.
Elevado à categoria de município com o nome de Maringá, pela Lei Estadual n.º 790, de 14-11-1951, desmembrado de Mandaguari, com sede no atual distrito de Maringá (ex-povoado), constituído de 2 distritos: Maringá e Floriano.
Pela Lei Municipal n.º 45, de 09-12-1953, é criado o distrito de Ivatuba (ex-povoado), com terras desmembradas do distrito de Floriano e anexado ao município de Maringá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Maringá, Floriano e Ivatuba.
Pela Lei Estadual n.º 4.245, de 25-07-1960, desmembra do município de Maringá o distrito de Ivatuba, elevado à categoria de município com o nome de Ivatuva.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Maringá e Floriano.
Pela Lei Municipal n.º 68, de 28-02-1967, é criado o distrito de Iguatemi e anexado ao município de Maringá.
Pela Lei Estadual n.º 5.604, de 27-07-1967, é criado o distrito de Esperança e anexado ao município de Maringá.
Por decisão do Tribunal de Justiça, o distrito de Esperança é extinto, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Maringá.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 3 distritos: Maringá, Floriano e Iguatemi. Esta divisão territorial permanece válida até 2007.
Com um traçado urbanístico originalmente planejado de forma modernista pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, inspirado no conceito de cidade-jardim de Ebenezer Howard, Maringá experimentou um rápido crescimento nas décadas subsequentes. Apesar disso, o município conseguiu manter elevados índices de qualidade de vida, conservando grandes áreas de mata nativa dentro de seu perímetro urbano, como o Horto Florestal, o Parque dos Pioneiros (também conhecido como Bosque II) e o Parque do Ingá, este último aberto ao público. Além disso, inclui fragmentos menores, como o Parque do Cinquentenário, áreas particulares e uma ampla rede de áreas de conservação de fundos de vale.
História de Maringá
O município tem suas raízes na colonização do norte do Paraná, que teve início no final do século XIX. Essa região, predominantemente coberta por densas florestas de mata atlântica, despertou o interesse de produtores rurais vindos principalmente de São Paulo e Minas Gerais devido à presença da famosa “terra roxa”, termo italiano para “terra rossa” (vermelha), originada da decomposição do basalto e conhecida por sua extrema fertilidade. O principal objetivo dos fazendeiros era expandir a produção de café na área. Para resolver os desafios logísticos da região, um grupo de fazendeiros, liderado pelo paulista Antonio Barbosa Ferraz, impulsionou a construção de uma estrada de ferro ligando a cidade paranaense de Cambará, no chamado “norte velho”, a Ourinhos, no interior de São Paulo.
Em 1923, uma comitiva liderada por Edwin Samuel Montagu, ex-secretário de finanças do tesouro do Reino Unido, chegou ao Brasil para negociar uma dívida que o país tinha com credores britânicos. Entre os membros da comitiva estava Simon Joseph Fraser, o 16º Lorde Lovat da Escócia, que veio em busca de terras férteis para o cultivo de algodão destinado à indústria têxtil britânica. Lorde Lovat visitou propriedades no interior paulista e, seguindo a trilha das fazendas de café, chegou ao norte do Paraná.
A fertilidade da terra roxa que havia atraído paulistas e mineiros para a região alguns anos antes também cativou o britânico, que decidiu investir na plantação de algodão na área. Assim, fundou a empresa Brazil Plantation Sindicate, responsável pelo gerenciamento de suas propriedades no Brasil, posteriormente absorvida pela Companhia de Terras Norte do Paraná. Esta última foi responsável pelo planejamento da colonização da região, estabelecendo quatro núcleos urbanos principais, aproximadamente a cada 100 km de distância um do outro: Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama. Essas cidades foram projetadas para servirem como centros de serviços para toda a região, conectadas por uma única ferrovia. A cada 15 km aproximadamente entre essas cidades, surgiriam pequenas localidades que serviriam como pontos de apoio para as propriedades rurais locais, fornecendo produtos básicos que não eram produzidos nas áreas rurais, como sal, produtos de higiene pessoal, querosene, roupas, entre outros.
A divisão dos lotes promovida pela Companhia de Terras Norte do Paraná foi cuidadosamente planejada para aproveitar ao máximo os recursos naturais e logísticos da região. Todas as propriedades foram projetadas para ter uma corrente d’água nos fundos, aproveitando os abundantes recursos hídricos locais, e uma estrada à frente, para facilitar o transporte da produção. O primeiro lote de Maringá, numerado como 1/A, foi adquirido pelo padre alemão Emílio Clemente Scherer, que chegou ao país em 1938 fugindo do nazismo. O padre Scherer é considerado o primeiro pioneiro a explorar Maringá. A propriedade que ele adquiriu foi chamada de Fazenda São Bonifácio, onde, em 12 de fevereiro de 1940, foi erguida a primeira igreja do município, a Igreja São Bonifácio, construída com madeira das árvores da própria fazenda. Em 1942, surgiu um pequeno povoado conhecido como “Maringá Velho”, que servia como ponto de apoio para os pioneiros que já estavam trabalhando nas propriedades rurais locais. A Capela Santa Cruz, construída em madeira em 1945, foi o primeiro templo religioso na zona urbana. Atualmente, é preservada e abriga quadros e imagens sacras, algumas originárias da Espanha.
Etimologia do nome Maringá
Conforme relatado na Nova História da MPB – Volume 22, o nome do município foi inspirado pela constante cantoria dos operários, que entoavam a música “Maringá, Maringá” (de autoria de Joubert de Carvalho) dia e noite enquanto trabalhavam. Um fato curioso é que na placa da Rua Joubert de Carvalho está gravada a seguinte inscrição: “Compositor da música que deu o nome à cidade”.
Planejamento da cidade
O planejamento urbanístico de Maringá foi um elemento essencial em sua evolução e organização. Inicialmente concebido com uma abordagem modernista pelo urbanista Jorge Macedo Vieira, inspirado no conceito de cidade-jardim de Ebenezer Howard, o projeto visava integrar harmoniosamente a cidade com seu entorno natural, proporcionando qualidade de vida aos seus habitantes e promovendo um crescimento ordenado da área urbana.
A Companhia de Terras Norte do Paraná, encarregada do desenvolvimento da cidade, elaborou um plano que incluía a criação de quatro núcleos urbanos principais: Londrina, Maringá, Cianorte e Umuarama. Esses centros urbanos foram estrategicamente posicionados a aproximadamente 100 km de distância um do outro, conectados por uma única ferrovia. Adicionalmente, a cada intervalo de cerca de 15 km entre essas cidades, foram estabelecidas pequenas localidades destinadas a servir como pontos de apoio para as propriedades rurais, garantindo o fornecimento de produtos básicos e promovendo a coesão socioeconômica da região.
No parcelamento dos terrenos, houve uma preocupação em utilizar de forma eficiente os recursos naturais disponíveis, como a presença de cursos d’água nos limites das propriedades para aproveitar os recursos hídricos locais, e a proximidade de estradas para facilitar o transporte da produção agrícola. Esse cuidadoso planejamento contribuiu significativamente para o desenvolvimento sustentável e ordenado de Maringá ao longo do tempo.
Geografia e vegetação predominante de Maringá
A disponibilidade de rios no entorno do município é limitada, com o rio Pirapó sendo a principal fonte de abastecimento de água. A captação de água superficial do rio Pirapó representa 88% da água distribuída, enquanto os 12% restantes provêm de cinco poços profundos. Até abril de 2010, a cidade contava com 102.162 ligações de água. Localizado entre os interflúvios dos rios Pirapó e Ivaí, o município abrange uma área total de 473.064.190 m², com 128.260.000 m² de área urbana e 340.864.260 m² de área rural. O solo predominante na região é do tipo latossolo roxo-distrófico.
A Região Metropolitana de Maringá foi estabelecida pela lei complementar estadual 83, de 1998, compreendendo inicialmente os municípios de Ângulo, Iguaraçu, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Maringá, Paiçandu e Sarandi. Posteriormente, em 2005, com a inclusão de Astorga, Doutor Camargo, Itambé, Ivatuba e Presidente Castelo Branco, a população da Região Metropolitana de Maringá foi estimada em 576.581 habitantes (IBGE/2005), atendendo aos critérios para ser considerada uma região metropolitana. Com os catorze municípios, a área territorial totaliza 3.187,7 km². A lei foi sancionada no Palácio Iguaçu pelo governador Roberto Requião, que nomeou o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi, para coordenar a região metropolitana.
Quanto à vegetação, Maringá se destaca por sua abundante flora, planejada desde sua fundação. Durante todo o ano, é possível desfrutar das ruas arborizadas, especialmente na transição do inverno para a primavera, quando muitas árvores florescem. A cidade é reconhecida como uma das mais arborizadas do Brasil, com uma das maiores taxas de área verde por habitante, atingindo 26,65 m² por pessoa, distribuídos em 90 alqueires de mata nativa em 17 bosques. Destacam-se árvores como os Ipês (Tabebuia), com flores em tons de amarelo, rosa, roxo e branco, além de Acácias, Quaresmeiras, Paineiras, Flamboyants, entre outras, que foram cuidadosamente selecionadas para o projeto paisagístico da cidade.
Apesar dos desafios típicos dos centros urbanos, Maringá mantém sua reputação de cidade verde e ecologicamente preservada, graças a um planejamento urbano bem elaborado, que inclui reservas florestais, amplos canteiros centrais e avenidas arborizadas. No entanto, devido à significativa frota de veículos e à sua importância como entroncamento rodoviário, algumas áreas da cidade apresentam índices de poluição sonora e atmosférica mais elevados, com destaque para as avenidas Duque de Caxias e Colombo.
Clima e Temperatura em Maringá
Com a atualização climática do período 1981-2010, Maringá passou por uma mudança em seu clima, deixando de ser classificada como subtropical úmido (Cfa, de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger) para adquirir um clima tropical de monção (Am). Essa mudança ocorreu devido à elevação da temperatura média do mês mais frio, que passou a ser superior a 18 °C, e à redução da média de precipitação no mês menos chuvoso para menos de 60 mm.
Localizada no Hemisfério Sul, no ponto de estreitamento do extremo sul brasileiro e atravessada pelo Trópico de Capricórnio, a região de Maringá é influenciada por diversos fatores macroclimáticos. Isso inclui a migração das massas de ar da zona atlântica, equatorial, tropical e a presença de depressões atmosféricas baixas durante os meses de verão. Durante o inverno, quando as incursões de massas de ar frio da frente polar são comuns, as geadas ocorrem de duas a três vezes por ano. Um marco na história climática da cidade foi a ocorrência de uma geada negra devastadora em 1975.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre janeiro e maio de 1961, novembro de 1963 a abril de 1971, e a partir de setembro de 1975, a menor temperatura registrada na estação climatológica principal de Maringá foi de -1 °C, em 21 de julho de 1981. Outras ocorrências de temperaturas negativas foram registradas em 26 de agosto de 1984 e 26 de junho de 1994, ambas com mínimas de -0,2 °C. A temperatura máxima absoluta atingiu 40,4 °C em 6 de outubro de 2020. O maior volume de precipitação em 24 horas foi de 151,5 mm em 5 de junho de 1993, seguido por 142,6 mm em 20 de junho de 2012 e 137,7 mm em 12 de janeiro de 2016. Desde novembro de 2006, quando o INMET instalou uma estação automática no município, o menor índice de umidade relativa do ar (URA) foi de 10% em 13 de setembro de 2010, e a maior rajada de vento atingiu 24,5 m/s (88,2 km/h) em 22 de dezembro de 2010.
Dados demográficos de Maringá
No censo demográfico de 2022 conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Maringá atingiu 409.657 habitantes, resultando em uma densidade populacional de 841,16 hab./km². Esse número coloca Maringá como o terceiro município mais populoso do estado do Paraná, ficando atrás apenas de Londrina e da capital paranaense, e como o 63º município mais populoso do país.
Maringá ostenta uma taxa de alfabetização de 95,1% e uma taxa de urbanização de 98,4%. De acordo com o Censo de 2010, o município contava com uma população de 357.077 habitantes, dos quais 171.748 eram homens e 185.369 mulheres. Dessas pessoas, 349.120 residiam na Zona Urbana, enquanto 7.997 viviam na Zona Rural.
A composição étnica de Maringá é marcada por uma significativa influência de imigrantes japoneses, refletida na formação da ACEMA, uma associação local. Além disso, imigrantes italianos e alemães também deixaram sua marca na cidade, com os alemães fundando a Associação Cultural Teuto-Brasileira. Outros grupos étnicos, como portugueses, poloneses, espanhóis, ucranianos, árabes, judeus, entre outros, também contribuíram para a diversidade étnica da região.
De acordo com o Censo de 2010, a distribuição étnica da população de Maringá era composta por 253.161 brancos (70,90%), 78.662 pardos (22,03%), 12.999 amarelos (3,64%), 11.720 negros (3,28%) e 535 indígenas (0,15%).
Em termos religiosos, Maringá é predominantemente católica, embora também abrigue uma variedade de outras denominações religiosas, incluindo batistas, presbiterianos, metodistas, muçulmanos, budistas e espíritas, entre outros. O número de evangélicos vem crescendo, enquanto a parcela da população sem religião tem diminuído. A distribuição religiosa atual é composta por católicos (73,72%), evangélicos (21,15%) e uma pequena porcentagem de muçulmanos, budistas, espíritas, ateus e outros (5,13%).
Quanto à segurança, Maringá já foi reconhecida como a cidade mais segura do Brasil, com um baixo índice de homicídios de 7,94 para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Ipea de 2005. No entanto, em 2011, o município registrou um aumento na taxa de homicídios, atingindo 17,7 assassinatos para cada 100 mil habitantes. A cidade conta com um efetivo variado, incluindo o Exército Brasileiro (Tiro-de-Guerra 05-009), Polícias Militar (4º BPM), Civil (9ª SDP), Federal, Rodoviária Federal, Rodoviária Estadual e Guarda Municipal.
Cidades-irmãs de Maringá
Maringá estabeleceu laços de cidade-irmã com as seguintes localidades:
- Gral. San Martin, Argentina Lei 3483/93 de 8 de novembro de 1993
- Caserta, Itália Lei 5096/00 de 12 de maio de 2000
- Heping, China 20 de setembro de 2009 (protocolo de irmandade)
Economia do Município
Atualmente, Maringá destaca-se principalmente nos setores de comércio e prestação de serviços, embora a agricultura ainda mantenha sua relevância, apesar da diminuição de sua importância nos últimos anos. A diversificação das atividades agrícolas é evidente, com cultivos que incluem não apenas café, mas também milho, trigo, algodão, rami, feijão, amendoim, arroz, cana-de-açúcar e, principalmente, soja.
O comércio e os serviços são os pilares econômicos do município. No setor industrial, diversas áreas se destacam em Maringá, como metalmecânica, agroindústria, vestuário, serviços e turismo. Embora o setor industrial não tenha a mesma expressividade da agricultura, está em crescimento. O município abriga um crescente parque industrial, especialmente nas áreas de tecelagem e agroindústria, com destaque para as confecções. Grandes empresas, como Cocamar, Coca-Cola, Noma, Romagnole, entre outras, impulsionam a geração de empregos não apenas em Maringá, mas também em outras cidades da região. As indústrias metalmecânicas atendem tanto o mercado nacional quanto exportam para países da América Latina, oferecendo uma ampla gama de produtos. Além disso, Maringá é um importante centro de moda no sul do país, com o maior shopping atacadista da América Latina, o Mercosul. Recentemente, a cidade tem se destacado no mercado de software, contando com um consolidado Arranjo Produtivo Local (APL) no setor.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (CODEM), atualmente em processo de transformação para Conselho de Desenvolvimento Econômico Metropolitano, desempenha um papel crucial no planejamento e execução de políticas de desenvolvimento econômico. Criado por lei municipal em 11 de setembro de 1996, o CODEM é um órgão deliberativo e consultivo composto por entidades representativas da sociedade. Suas responsabilidades incluem a gestão do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico (FMD) em parceria com entidades da sociedade civil e do poder público, como a Prefeitura Municipal, a Associação Comercial e Industrial de Maringá (ACIM), o Instituto para o Desenvolvimento Regional (IDR) e a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). O lema do CODEM reflete sua missão conjunta com a comunidade e o governo na determinação do futuro: “Comunidade e Governo, juntos determinando nosso futuro”.
No setor terciário, Maringá é notável pelos seus cinco grandes centros comerciais, incluindo o Shopping Catuaí Maringá, o segundo maior do interior do Paraná. A cidade é reconhecida pela sua vocação comercial, oferecendo uma ampla variedade de produtos e serviços nos setores de saúde, alimentos, farmácia, vestuário, eletrodomésticos, ferragens, livrarias, restaurantes e lanchonetes. Além disso, como um importante polo atacadista, Maringá atrai consumidores de várias regiões do Paraná, do sudoeste de São Paulo e de algumas cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
As empresas de Maringá estão presentes em pelo menos sete segmentos do mercado atacadista, incluindo alimentos, armarinhos, papéis, vidros, tecidos, madeira, autopeças e eletrodomésticos. Além disso, o município é um importante polo microrregional na prestação de serviços de saúde, com vários hospitais públicos e privados. O Maringá e Região Convention & Visitors Bureau desempenha um papel crucial no desenvolvimento do turismo de eventos na região, incentivando o crescimento econômico através do turismo. Essa entidade, mantida por iniciativas públicas e privadas, tem como objetivo incluir Maringá no circuito turístico nacional e internacional de forma planejada.
Distritos de Maringá
Maringá está organizada em zonas fiscais, que vão da Zona 01, onde está situado o Centro Financeiro da cidade, até a Zona 53, além de bairros, loteamentos e dois distritos (Floriano e Iguatemi). As zonas fiscais têm principalmente uma função administrativa, com apenas as dez primeiras zonas também sendo consideradas bairros. A maioria dessas zonas está localizada na região central da cidade.
Maringá Cidade Jardim
Maringá, projetada pelo urbanista Jorge Macedo de Vieira como um modelo de cidade-jardim, destaca-se por seu traçado viário e intensa arborização, conferindo-lhe uma paisagem peculiar. Reconhecida como a 2ª cidade com melhor saneamento básico do Brasil, Maringá ostenta uma cobertura de esgoto de 95%, com todo o esgoto sendo devidamente tratado.
No que diz respeito aos transportes, Maringá possui um sistema viário moderado, com destaque para o uso da bicicleta, representando 6% dos deslocamentos na cidade. Com 41 quilômetros de ciclovias, a cidade promove uma alternativa sustentável para seus habitantes. Além disso, Maringá conta com um Terminal Intermodal, que funciona como ponto principal do transporte coletivo da cidade, e um aeroporto regional para voos domésticos, o Aeroporto de Maringá.
Maringá é um importante entroncamento rodoviário, com várias rodovias que a interligam ao estado do Paraná, além de outros países e estados brasileiros. Em relação à ferrovia, a cidade é atravessada pela Linha Ourinhos-Cianorte da Rede Ferroviária Federal, com um terminal ferroviário que liga Maringá a diversos estados do Brasil e também a cidades argentinas.
No setor educacional, Maringá é conhecida por abrigar a Universidade Estadual de Maringá (UEM), uma das mais disputadas do estado, com cursos reconhecidos nacionalmente. Além disso, há diversas instituições privadas de ensino superior na cidade, totalizando mais de 45 mil universitários.
Culturalmente, Maringá é palco de diversos eventos e atrações, como o Festival de Música Cidade Canção (Femucic), o Festival de Cinema de Maringá, e a Expoingá, uma feira agroindustrial que ocorre anualmente em maio. Destacam-se também o Festival Nipo Brasileiro, que celebra a cultura japonesa, e pontos turísticos como a Catedral de Maringá, o Parque do Ingá e o Parque das Grevíleas.
Maringá nos Esportes
Maringá possui uma rica cena esportiva, abrangendo diversas modalidades e contando com uma série de clubes e equipes representativas. No âmbito do futebol, a cidade se destaca com três clubes filiados à Federação Paranaense de Futebol (FPF), dois dos quais competem na primeira divisão do Campeonato Paranaense: o Maringá Futebol Clube, que também participa do Brasileirão Série D, e o Galo Maringá. O terceiro clube, o Grêmio Maringá, é reconhecido por suas conquistas históricas, tendo sido campeão paranaense em três ocasiões (1963, 1964 e 1977), embora atualmente esteja na segunda divisão estadual. O Estádio Willie Davids é o principal palco do futebol local, sendo também utilizado para outras modalidades, como o atletismo.
No basquete, Maringá ostenta uma equipe de destaque no cenário estadual, o Maringá Basquete, que acumula diversos títulos tanto em nível estadual quanto nacional. Já no handebol, a cidade é representada pela equipe Unimed/UEM/Maringá, que tem alcançado expressão não apenas no Paraná, mas também em âmbito nacional.
O esporte também se diversifica com a presença do futebol americano, tendo o Maringá Pyros como representante na disputa do Campeonato Paranaense e da Liga Nacional de Futebol Americano. No rugby, a Associação Atlética Rugby Maringá (A.A.R.M.) tem buscado ampliar a presença desse esporte na cidade, contando com projetos sociais e a realização de competições.
Destaque ainda para o futsal, esporte que ganhou grande relevância em Maringá, especialmente com o Ciagym/Oppnus Maringá, que tem marcado presença no campeonato estadual e na Super Liga. Outras modalidades como vôlei, beisebol e tênis também encontram espaço na cidade, com equipes e clubes dedicados à prática e ao desenvolvimento desses esportes.
Em resumo, Maringá se firma como um importante polo esportivo, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento de diversas modalidades e destacando-se tanto em competições regionais quanto nacionais.
Bairro Futurista (Euro Garden Maringá)
O Eurogarden Maringá é um bairro planejado que revitalizou parte da área do antigo aeroporto e integra a paisagem urbana com novas tecnologias, técnicas construtivas e paisagismo. Ele é considerado o bairro mais sustentável do mundo e segue o modelo das cidades-jardim europeias.
Aqui estão alguns destaques sobre o Eurogarden Maringá:
-Sustentável: O bairro valoriza a qualidade de vida das pessoas e respeita a biodiversidade1.
-Inovador: É um lugar desejável para viver e morar com qualidade de vida, organizado e democrático, ancorado por tecnologia e arquitetura modernas e paisagismo autêntico.
-Smart City: O Eurogarden Maringá é uma verdadeira Smart City, onde a tecnologia integra e maximiza as conexões digitais.
-Completo: Segue o conceito “one stop life”: um lugar onde as pessoas encontram de tudo. Podem trabalhar, estudar, morar, se divertir e ter momentos agradáveis de socialização, esportes e lazer.
-Seguro: É um lugar em que é possível caminhar, pedalar, brincar e se divertir nas ruas e praças, com liberdade e sensação de segurança.
Além disso, o Eurogarden Maringá é o primeiro bairro do mundo a conquistar a pré-certificação WELL e a Certificação LEED Platinum com a maior pontuação na versão 4.1 Comunidades. Isso torna o Eurogarden o bairro mais sustentável do mundo, já que o sistema é usado em mais de 160 países pelo órgão certificador ‘Green Building Certification Institute (GBCI).
Melhor saneamento básico do Brasil
Maringá, situada no estado do Paraná, é reconhecida como a cidade com o melhor saneamento básico do Brasil, de acordo com a edição de 2024 do ranking do Instituto Trata Brasil. Destacam-se os seguintes pontos:
-Posição no ranking: Maringá saltou da 14ª posição em 2023 para o 1º lugar em 2024.
-Indicadores de atendimento: A cidade alcançou 99,9% no Indicador de Atendimento Total de Água e no Indicador de Atendimento Total de Esgoto, além de 100% em Tratamento de Esgoto.
-Investimento: A Sanepar investiu R$ 117 milhões no período de 2017 a 2021.
-Outras cidades do Paraná: Além de Maringá, o Paraná conta com outras quatro cidades entre as mais bem ranqueadas do país, todas atendidas pela Sanepar: Cascavel em 9º, Ponta Grossa em 10º, Foz do Iguaçu em 13º e Londrina em 14º.
Esses indicadores refletem o compromisso de Maringá com a constante melhoria do saneamento básico, contribuindo significativamente para a saúde pública e a qualidade de vida de seus cidadãos.