Mug, o Boneco da sorte de Wilson Simonal completa 55 anos!
Uma brincadeira entre amigos em um bar da cidade de Paris criou uma das maiores febres do Brasil em 1966.
O Mug, Boneco de pano da sorte de cantores como Wilson Simonal.
Passados 55 anos, ele ainda é lembrado e mexe com a memória afetiva de muita gente. De grandes cantores a falsificadores, todo mundo tentou se aproveitar da boa sorte trazida pelo amuleto. Sua criação não fez ninguém ficar rico, mas garantiu mais algumas boas histórias de um dos períodos artísticos mais intensos da história do Brasil.
O projeto do boneco Mug foi criado em 1966 por Horácio Berlinck e João Leão, ambos da equipe de criadores de O Fino da Bossa, da TV Record, programa comandado por Elis Regina.
Dentre todas as estratégias para promover o produto, a primeira foi a de distribuir gratuitamente Mugs a pessoas importantes. “A gente não tinha dinheiro para pagar anúncio, então tentava colocar nos lugares mais difíceis”, recorda Berlinck. No acervo de João Leão Filho, existe uma lista de 183 nomes a quem deveriam ser enviados os bonecos. De cantores como Roberto Carlos, Elis Regina, Adoniram Barbosa e Nara Leão até humoristas como Jô Soares, Chico Anysio e Ronald Golias, passando pelos grandes nomes da mídia nacional como Otávio Frias, Mino Carta, Júlio Mesquita, João Saad, Silvio Santos e Paulo Machado de Carvalho. “Como consultor de marketing, acho incrível como eles apostaram em uma tática de influenciadores muito antes disso existir”, opina João Leão.
Dentre os cantores que embarcaram na onda do Mug, o maior deles foi Wilson Simonal. No auge da carreira, o artista passou a realizar um show chamado “O MUGnífico Simonal”. “Meu pai falava que nunca ganhou dinheiro com o Mug”, afirma o também cantor Simoninha, filho de Simonal. “Classificava como uma ‘relação romântica com o negócio’ e acabou se apropriando do sucesso gerado pela brincadeira”. Horácio Berlinck confirma: “Simonal foi a grande locomotiva de todo o sucesso”.