A venda da refinaria da Petrobrás Isaac Sabba no Amazonas para o grupo Atem foi concretizada no final do mês de agosto com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que impôs algumas restrições de caráter administrativo. A negociação realizada há um ano pelo valor de US$ 189,5 milhões aguardava o aval do Cade que concordou com a transação, porém, estabeleceu ao comprador, que não haja restrições de acesso das distribuidoras ao Terminal de Uso privado.
A comercialização da refinaria sofreu oposições de algumas distribuidoras, entre elas a Raden e a Ipiranga que alegaram a verticalização dos negócios visto que a Atem já possui distribuidoras de combustíveis no Estado. A venda da Isaac Sabba é a segunda das 13 refinarias que a Petrobrás tinha. De acordo com a direção o procedimento para vender faz parte da política de antimonopólio estabelecido pelo Cade que, visa permitir uma saudável concorrência do setor, já que a petrolífera brasileira se mantém líder no refinamento de petróleo. Ano passado a estatal já havia também vendido a refinaria Landulpho Alves para um grupo árabe por um US$ 1,6 bilhão em uma disputa considerada pelos analistas de mercado como sendo competitiva. A Atem afirmou que a aquisição trará benefício para a população, pois melhorara a distribuição do ponto de vista logístico e otimizará o mercado deste segmento. A Petrobrás irá continuar operando a refinaria por um curto período até que a Atem consiga se adequar a toda as necessidades operacionais.
A Atem foi fundada há 22 anos por uma família sírios-libanes que residia a 124 quilômetros de Manaus. O início no comércio aconteceu com a plantação de mandiocas, e o processamento de farinha comercializadas na capital amazonense até se tornar um dos grandes grupos do setor petrolífero do Brasil.