Novamente, Alexandre de Moraes, ministro do STF, que deveria defender a Constituição Federal, usa de sua prerrogativa para rasgar a mesma, decretando a prisão do JORNALISTA Allan dos Santos.
A caixa alta justifica-se justamente pela razão que tal decisão inconstitucional teria sido tomada, a Folha de São Paulo, usou de atitude no mínimo imoral, divulgando um “vazamento” de uma fonte, não considerando o sigilo da mesma. Vale destacar aqui a desonestidade intelectual empregada, mudando-se as qualificações, Allan dos Santos, de jornalista passou a ser chamado de blogueiro, a fonte, que deveria estar sendo protegida no âmbito de seu sigilo passou a ser informante e a cereja do bolo, a ligação com o planalto, adjetivou-se o jornalista “blogueiro” de ser bolsonarista.
Essa delação, travestida de reportagem, é que embasou a decisão arbitrária e ditatorial de Alexandre de Moraes, que mais uma vez usa da toga, sujando a instituição do Supremo tribunal Federal para, entre outras coisas, difamar jornalistas que estão trabalhando, simples assim.
Estamos diante de algo importantíssimo não em relação a debates políticos, muito menos de questões ideológicas, esse é um problema de Estado. Envolve diretamente o principio basilar aí sim do Estado Democrático de Direito e está por isso muito acima do presidente da república ou de discussões que envolvam a governabilidade por se tratar justamente da possibilidade, da permissão para que pessoas possam trabalhar em prol da democracia e da república.
Não há condições morais para que um grupo possa ser considerado apto a perseguição, seja ele qual for, por qualquer um dos poderes.
As críticas devem acontecer, independente do grau, independente do linguajar. Se houver excesso, o ofendido deve procurar a justiça comum. A toga, não dá direito de ministros usarem do poder a eles emprestado para subjugar a Constituição determinado quem pode abrir a boca ou não, isso não é democracia, isso é ditadura!
O jornalista Allan dos Santos está atualmente nos EUA e espera a oportunidade que ainda não lhe foi dada de defesa. Seu nome deve ser incluído na lista da Interpol por pedido do ministro, para uma possível extradição.
A perseguição a jornalistas está cada dia mais em evidência, mas não são a todos, somente os que defendem o presidente, somente os conservadores e aqueles que respeitam tais valores.
O canal Terça Livre foi perseguido e suas contas em redes sociais foram canceladas por desejo do ministro, sem passar pelos trâmites legais.
A impressão, e isso é apenas uma opinião, é que a perseguição tem cunho político, evitando ao máximo que jornalistas ou comentaristas façam o trabalho de questionamento, de reflexão, evitando contraposição a narrativas opinativas de meios de comunicação contrários ao governo. Em outras palavras, estão calando defensores do governo, deixando a mídia livre para uma certa doutrinação com noticias aí sim muito duvidosas, como pesquisas eleitorais de intenção de voto em desfavor do governo, mas que na prática mostram-se mentirosas a cada visita ao povo que o presidente faz. Imaginem se o presidente mandasse prender como o STF, imaginem o Brasil aumentando o número de exilados… Zé trovão e Allan, quem será o próximo?