A fotógrafa Ana Luiza Verzola é petlover assumida. Além de cachorro, já teve hamster, coelho e até pato de estimação. Atualmente os donos do pedaço são os doguinhos Ricky e Bartolomeu, a chinchila Frida e o esquilo da Mongólia Gigio, mas o protagonista da história de hoje é o Bartolomeu – Bartô, para os íntimos -, o shitzu que chegou há pouco mais de um ano para completar a família.
Ana conta que soube da história do cachorrinho, que hoje tem entre seis e sete anos, quando foi levar o Ricky ao pet shop para tomar banho. “Chegando lá os donos do pet shop perguntaram se a gente não queria dar um irmãozinho para o Ricky, porque estavam tentando encontrar um lar para um cachorrinho que eles estavam acompanhando há algum tempo”, diz.
Ao se inteirarem da história, Ana Luiza e o marido Rafael souberam que o Bartô já tinha passado por quatro famílias e ainda não havia encontrado o amor e o cuidado que ele precisava. Inicialmente o cachorrinho foi usado para procriação em um canil clandestino, depois que a responsável pela atividade ilegal se desfez do ‘negócio’, abandonou o animal. “Depois disso, soubemos que uma moça resolveu ficar com ele, mas o marido não se adaptou com cachorro em casa, e o Bartô acabou indo para a casa de uma senhora”, conta.
Na terceira casa, o cachorrinho não recebeu os cuidados necessários e mais uma vez foi para outra família, desta vez, por causa de uma criança que queria um bichinho de estimação. Passado um mês, a família alegou que a criança estava com alergia e, por isso, precisavam se desfazer do animal. “Foi aí que decidimos trazê-lo para casa e proporcionar a ele uma vida digna, amor e uma velhice confortável”, diz.
Depois do período de adaptação, Bartô se soltou e finalmente passou a se sentir em casa. Hoje, ele e o Ricky fazem tudo juntos e se completam até mesmo nas diferenças. “O Ricky é ligado no 220 e o Bartô é mais tranquilo, mesmo assim são parceirinhos em tudo: da soneca ao passeio”, conta.
Hoje, a sensação do casal é que o Bartô sempre esteve por ali. “Ele é um cachorrinho muito especial, dócil, amoroso e companheiro. Em casa ele não sai dos nossos pés, está sempre por perto. No começo eu ficava triste pensando em tudo o que ele já tinha enfrentado, mas depois passei a ficar feliz que nossos caminhos, mesmo demorando um pouco, tenham se cruzado e que ele tenha ganhado uma nova vida e, de quebra, completado a nossa”.