Liberdade de expressão, exceto…

thomas jefferson o preco da liberdade e a eterna vigila l35nj36

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E mais uma vez o tema ‘liberdade de expressão’ volta a ocupar as manchetes dos jornais, reacendendo o debate a respeito dos limites de seu exercício e a quem incumbiria a análise e decisão com relação a eventuais abusos praticados durante a fruição dessa garantia constitucional.

O caso que vem repercutindo desde o dia de ontem se refere à demissão do jornalista Alexandre Garcia da emissora ‘CNN’ após ele ter emitido a sua opinião sobre o tratamento precoce no enfrentamento à Covid-19. De acordo com a emissora, o jornalista teria defendido a utilização de medicamentos sem eficácia comprovada.

Sem entrar no mérito do acerto ou não do jornalista ao adotar esse posicionamento, é no mínimo paradoxal que o quadro de participação dele tivesse como título ‘Liberdade de Opinião’. Ora, liberdade de opinião desde que compatível com a da empresa, correto?

Todos já sabemos quem está por trás da CNN e a que interesses políticos a emissora vem servindo, mas limites devem existir. A alegação de que o jornalista teria incorrido em ‘fake news’ é só uma cortina de fumaça para camuflar a real motivação do ato extremo da demissão: cerceamento do direito à liberdade de expressão, ou que por outra razão a emissora dispensaria o seu mais experiente jornalista, que conta com mais de 30 anos de profissão?

E isso vem ocorrendo sistematicamente, não só nos grandes veículos de comunicação nacionalmente conhecidos, mas também nos jornais locais e regionais. Está se tornando cada vez mais comum o banimento liminar de jornalistas e de comentaristas do cenário midiático pela simples manifestação do pensamento, que é protegida constitucionalmente, ou deveria.

A violação desse direito, longe do que possa parecer, não atinge somente aos formadores de opinião que estão na TV ou no rádio, mas aos cidadãos comuns, que muitas vezes são veementemente reprimidos por se posicionar contra determinado político ou empresa, por exemplo. O alerta que fica é que ontem foi esse jornalista, hoje fui eu, amanhã pode ser você.

Finalizo com a seguinte frase de Thomas Jefferson: o preço da liberdade é a eterna vigilância.

 

 

 

 

 

 

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