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Biografia sobre Dalton Trevisan tem previsão de lançamento para o 2º semestre de 2025

Por Redação O Maringá
17 de junho de 2025
Biografia escrita por Christian Schwartz pretende desmistificar o imaginário em torno de Dalton Trevisan (Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN)

Biografia escrita por Christian Schwartz pretende desmistificar o imaginário em torno de Dalton Trevisan (Crédito: Roberto Dziura Jr/AEN)

O ano é do vampiro. Ou melhor, do Vampiro de Curitiba, como é conhecido popularmente o escritor paranaense Dalton Trevisan (1925-2024). Afinal, é o centenário de nascimento de um dos principais contistas da moderna literatura brasileira.

Sua prosa concisa e ácida, feita muitas vezes no formato de “miniestórias”, é uma de suas marcas em mais de 700 narrativas publicadas ao longo da carreira.

Mas o mistério que sempre rondou Dalton era a sua reclusão. Não à toa, o apelido de “Vampiro de Curitiba”, emprestado do título de livro daltoniano publicado nos anos de 1960. Em resumo, uma figura escondida, na sombra curitibana, sem ser fotografado ou entrevistado.

Em processo de finalização, uma biografia escrita pelo jornalista e escritor Christian Schwartz pretende desmistificar tudo isso. A previsão é de lançamento no segundo semestre de 2025. Segundo informações, o projeto contou com 31 cadernos de diário, que datam de 1959 até o início dos anos 2000, e mais de 2.300 cartas, manuscritos e bilhetes. Além dos manuscritos, o biógrafo também conferiu cerca de 3 mil páginas de diários datilografados, em pesquisa extensa, alimentada pelo acesso privilegiado ao acervo do escritor.

A primeira ideia que Christian Schwartz contesta é a do recluso. Dalton não era um eremita. Caminhava diariamente pelo centro de Curitiba, frequentava livrarias, restaurantes e cafés, almoçava com amigos e gostava de conversar. Com o passar do tempo, perdeu interlocutores e mobilidade. A partir dos anos 2000, já idoso e sozinho, passou a se proteger da invasão – física e simbólica – que o assédio da fama trazia.

A persona do “vampiro” serviu como fachada. Schwartz afirma que Dalton nunca foi o tipo que buscava histórias à noite, em bordéis ou inferninhos. “Ouviu histórias, sim, mas filtrava tudo pela própria interioridade. A obra é profundamente confessional”, diz o biógrafo, via AEN-PR. Em vez do cronista das ruas, Dalton aparece como alguém que recolhia as histórias do mundo para ressignificá-las em forma de literatura.

O contista acordava cedo, era insone e escrevia todos os dias. A literatura ocupava as manhãs; à tarde, livrarias e cinemas; à noite, o jantar às sete, seguido de recolhimento. Durante os anos 1980 seus diários indicam que já se deitava às nove da noite, contrariando a lenda do homem notívago. Escrevia com obsessão e método, alterando títulos, versões e sequências narrativas com a precisão de um relojoeiro.

Na juventude, porém, foi expansivo. Participou de jornais estudantis, discutia literatura e política na universidade, e circulava entre cafés e rodas de conversa. Em 1950, viajou sozinho pela Europa durante seis meses. Passou por diversos países, com especial interesse por Paris (França) e Roma (Itália). Assistia a filmes recém-lançados, ia a cineclubes e anotava referências.

Editora
Em 2025, o nome de Dalton Trevisan passou a integrar o catálogo da Todavia. É um novo momento para sua obra, que passa a contar com nova diagramação, formato especial e a seção “Canteiro de Obras”, com material extraído do acervo: bilhetes, trechos de diário, cartas e documentos manuscritos. Seis volumes já foram relançados e, ao todo, serão 37 livros.

Legado
O acervo pessoal de Dalton Trevisan – documentos, cartas, diários, anotações e manuscritos – está salvo e em processo de digitalização. Após um assalto à sua antiga residência durante a pandemia, o escritor foi realocado para um apartamento e, com isso, iniciou-se um esforço definitivo de preservação.

Hoje, o material esta sob custódia de uma das principais instituições de acervo do País, o Instituto Moreira Salles, com recursos para conservação e acesso futuro. Dalton preparou tudo com cuidado. Deixou instruções, revisou pessoalmente suas obras antes de morrer, reorganizou trechos e fez emendas à mão.

Hoje, a casa em que Trevisan viveu por quase 50 anos, no bairro Alto da XV, em Curitiba, está prestes a se tornar um espaço cultural. O imóvel será cedido à prefeitura por uma incorporadora e deve abrigar um centro de memória ou casa de leitura.

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Tags: Christian SchwartzDalton TrevisanLiteraturaTodaviaVampiro de Curitiba

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