Sessão lotada para a estreia de “Bebê pagão” (2025), curta-metragem documental dirigido por Tiago Lucena, que é professor do curso de Comunicação e Multimeios da Universidade Estadual de Maringá.
A exibição ocorreu na noite desta terça-feira, 22 abril, na Sala Cine UEM do Bloco 036, no campus sede.
O filme era atração da Mostra Cinema e Saúde, que faz parte da Mostra Cinema Brasileiro, promovida pelo projeto de extensão Cine UEM, vinculado ao curso de Comunicação e Multimeios. Esta ação é uma contrapartida cultural pela criação da Sala Cine UEM, viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo de Maringá.
Após ganhar a telona, “Bebê pagão” foi objeto de conversa entre Lucena e o público presente, sob mediação da professora Adriana Barin (Psicologia/UEM).

No geral, a tônica do bate-papo foram temas como memória familiar, identidade, cultura regional, estética cinematográfica e religiosidade. O curta faz parte de um projeto de pesquisa maior de Lucena.
Inclusive, ele detalhou um pouco do processo de produção do curta. O que era o registro de histórias em determinada região do Brasil, tornou-se o documentário de 24 minutos feito por Lucena e sua equipe.

Entenda
“Bebê pagão” acompanha relatos orais de pessoas no cariri paraibano e pernambucano que conhecem e presenciaram as histórias sobre o “bebê pagão”. Trata-se do costume de enterrar, próximos a encruzilhadas e porteiras, as crianças que nasciam e morriam antes de serem batizadas, prática bastante comum na região.
Segundo a tradição, algumas pessoas depois de algum tempo, podiam escutar o choro dessas almas e improvisavam batismos para encaminhar a alma da criança para o céu.
