Os produtores de mandioca estão em plena atividade no Paraná com a colheita da safra de 2022/2023. Segundo o Boletim Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o avanço é de cerca de 60% dos 136 mil hectares cultivados em nosso Estado.
“As condições climáticas estão favorecendo os trabalhos de campo, que neste período coincidem com a colheita e também o início do plantio da próxima safra”, diz o documento, alertando para o fato de que na grande maioria dos Núcleos Regionais os trabalhos de plantio da nova safra se concentram a partir do mês de setembro, com o término previsto em meados de dezembro.
Em relação aos preços, neste início de agosto as cotações da mandioca estão estabilizadas em torno de R$ 750,00/t, posta na indústria. Este valor, se comparado com o mês de agosto de 2022, que foi de R$ 875,00/t, significa uma redução de 14%. A fécula no atacado está sendo comercializada a R$ 111,00/sc de 25 kg, contra R$ 126,00/sc de 25 kg no ano passado, com redução de 12%.
No Boletim de semana passada, era informado que as maiores concentrações de plantio estão localizadas nos Núcleos Regionais de Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão e Maringá, cuja soma representa aproximadamente 80% da área estadual de mandioca. Estimava-se no Paraná uma produção em 3,3 milhões de toneladas.
Já a farinha crua foi comercializada na última semana a R$ 155,00/sc de 50 kg, o que significa também uma queda de 8%, porém significativamente menor frente à mandioca e à fécula, que apresentaram maiores perdas. “Atualmente, os preços dos três produtos, mandioca, fécula e farinha, estão de certa forma estabilizados. Porém, na opinião dos atacadistas e dos produtores, a expectativa para os próximos meses é de uma pequena melhora nos preços em todos os segmentos da comercialização, motivada principalmente pela menor oferta de matéria-prima até o final do ano”, diz o Boletim, divulgado na quinta-feira, 17.
A mandioca destinada ao setor industrial ocupou 126,4 mil hectares de terras paranaenses no ano passado. Isso rendeu 2,9 milhões de toneladas do produto, que geraram um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 2,49 bilhões.