Desigualdade no Mercado de Trabalho: Pretos e Pardos Enfrentam Maiores Taxas de Desemprego e Informalidade no Brasil

Foto: Divulgação Agência Brasil

A persistente desigualdade racial e de gênero no mercado de trabalho brasileiro foi destacada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (14). O levantamento revelou que pretos e pardos continuam enfrentando maiores taxas de desemprego, informalidade e menores rendimentos em comparação aos brancos, reflexo de um problema estrutural no país.

Taxas de Desemprego

No quarto trimestre de 2024, a taxa média de desemprego no Brasil foi de 6,2%, mas houve disparidades significativas entre grupos raciais:

Minha Página AMP

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora da pesquisa, essa diferença não se limita ao período analisado, sendo um reflexo histórico das condições desiguais de acesso ao mercado de trabalho.

Informalidade Aprofunda Desigualdades

A informalidade – caracterizada pela ausência de direitos trabalhistas básicos, como férias remuneradas e contribuição previdenciária – também mostrou maior incidência entre pretos e pardos. Enquanto a média nacional de trabalhadores informais ficou em 38,6%, os índices foram:

Embora tenha havido uma leve queda na informalidade geral entre o terceiro e quarto trimestres de 2024, o aumento entre pretos e pardos reforça as desigualdades estruturais.

Diferenças de Renda

Os dados de rendimentos médios mensais reforçam o fosso econômico entre os grupos. Enquanto a média nacional foi de R$ 3.215, o rendimento de pessoas brancas atingiu R$ 4.153. Em contrapartida, pardos receberam em média R$ 2.485, e pretos, R$ 2.403.

Mulheres e Gênero no Mercado de Trabalho

Além das desigualdades raciais, a pesquisa destacou disparidades de gênero. A taxa de desemprego entre mulheres (7,6%) foi significativamente maior do que a dos homens (5,1%). Essa diferença também se reflete nos salários:

Apesar de avanços pontuais, os dados revelam que o mercado de trabalho brasileiro ainda é marcado por desigualdades estruturais, afetando desproporcionalmente grupos já vulneráveis. Essas disparidades exigem políticas públicas direcionadas e maior conscientização social para promover inclusão e equidade.

<
Sair da versão mobile