As exportações brasileiras de carne de frango registraram um crescimento expressivo em fevereiro, consolidando-se como o melhor desempenho já registrado para o mês. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os embarques totalizaram 468,4 mil toneladas, um aumento de 17,9% em relação às 397,2 mil toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.
Além do avanço no volume, a receita das exportações também cresceu de forma significativa, atingindo US$ 870,4 milhões – um salto de 23,1% em comparação aos US$ 707 milhões registrados em fevereiro de 2024. No acumulado do primeiro bimestre, as exportações brasileiras somaram 911,4 mil toneladas, um avanço de 13,6% sobre o mesmo período do ano anterior. Em termos financeiros, o crescimento foi ainda mais expressivo, com a receita atingindo US$ 1,696 bilhão, um incremento de 22% frente aos US$ 1,390 bilhão do ano passado.
Principais Destinos
A China manteve a liderança como principal destino da carne de frango brasileira, importando 49,6 mil toneladas em fevereiro, um crescimento de 18,1% em relação ao ano anterior. Outros mercados também apresentaram forte demanda, com destaque para:
- México: 20,9 mil toneladas (+272,3%)
- África do Sul: 24,5 mil toneladas (+36,1%)
- Coreia do Sul: 18 mil toneladas (+23,3%)
- União Europeia: 20,6 mil toneladas (+11,5%)
Por outro lado, alguns mercados registraram recuo nas importações, como Japão (-24%), Arábia Saudita (-3,6%) e Emirados Árabes Unidos (-1,5%).
Estados Líderes na Exportação
O Paraná segue como o maior exportador de carne de frango do Brasil, com 186 mil toneladas embarcadas em fevereiro (+15,9%). Em seguida, aparecem Santa Catarina (106,6 mil toneladas, +15,5%), Rio Grande do Sul (69,8 mil toneladas, +19,5%), São Paulo (27,1 mil toneladas, +40,3%) e Goiás (20,5 mil toneladas, +18,7%).
Expectativa Positiva para 2025
Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, a alta demanda global pela carne de frango brasileira se deve, em parte, às rupturas no comércio internacional causadas por surtos de gripe aviária (H5N1) em outros países, além das medidas adotadas por nações com dificuldades no abastecimento interno. Diante do ritmo acelerado de embarques, a expectativa é de que as projeções para as exportações em 2025 sejam superadas.
Fonte: ABPA