Em maio, a inflação teve uma ligeira queda em Maringá de 0,52% em relação ao mês anterior, conforme o Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas). Trata-se de medidor inflacionário calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
De maneira geral, o índice desacelerou no Estado em relação ao período imediatamente anterior. A variação para o mês de maio foi de 0,16%, representando uma redução de 0,77 ponto percentual frente à taxa de abril de 0,93%.
Entre os seis municípios pesquisados, cinco apresentaram variações de menor intensidade relativamente ao mês anterior: Curitiba com 0,36%, Cascavel com 0,29%, Londrina com 0,27%, Ponta Grossa com 0,10% e Maringá com queda de 0,52%. A exceção foi Foz do Iguaçu, com variação de 0,44%, resultado 0,31 ponto percentual acima do resultado de abril.
No caso maringaense, a variação mensal foi 0,71% em maio de 2022; 1,57% em abril de 2023; e -0,52% agora em maio de 2023.
O índice acumulado em 12 meses no Paraná mantém tendência de queda, concluindo esse período com variação de 4,32%.
Nessa métrica, a maior variação regional entre junho de 2022 e maio de 2023 ocorreu em Londrina com 5,01%, seguido por 4,56% em Curitiba, 4,54% em Maringá, 4,52% em Cascavel, 4,00% em Foz do Iguaçu, e 3,22% em Ponta Grossa.
“Esses acréscimos estão associados ou a entressafras ou à recomposição de preços, como no caso do alho”, explica via Ag. Estadual de Notícias o diretor de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, que assinala que as variações de preços foram menos acentuadas na maioria dos produtos acompanhados.
Produtos
Dos 35 produtos integrantes do IPR – Alimentos e Bebidas destacaram-se, em maio, os reajustes de 5,83% em alho, 4,43% em cebola e 4,16% em tomate. Por outro lado, observou-se decréscimo nos preços de óleo de soja, laranja pera e batata-inglesa com quedas de 8,16%%, 3,24% e 2,45%, respectivamente.
A redução de preços destes e de outros itens, como de carne e café, segundo Nojima, advém da normalização do clima desde o segundo semestre do ano passado, que possibilitou com que o Paraná e o Brasil alcançassem super safras de grãos.
“Por sua vez, essas melhores safras propiciaram uma redução importante de custos em segmentos como de carnes e de óleo de soja, com declínios acumulados que chegam a quase 19% em pernil suíno e 24% em óleo de soja no período de janeiro a maio deste ano”, diz ele, apontando que a melhora no clima também tem favorecido a produção de hortifrútis.
O maior aumento mensal para o alho foi registrado em Londrina, 12,82%, acompanhado por Maringá com elevação de 10,53%. Nos municípios de Foz do Iguaçu, Cascavel, Curitiba e Ponta Grossa os preços do produto foram majorados em 4,71%, 4,05%, 2,75% e 0,67%, respectivamente. Em contrapartida, o óleo de soja recuou 9,69% em Cascavel; 8,85% em Foz do Iguaçu; 8,11% em Ponta Grossa; 7,78% em Maringá; 7,75% em Curitiba e 6,76% em Londrina.
Maringá
Em resumo, os alimentos com maior aumento de preços em Maringá no mês de maio foram os seguintes: alho (kg), com 10,53%; molho e extrato de tomate (340 g), 6,51%; e cebola (kg), 5,80%.
Do outro lado, as quedas ficaram com óleo de soja (900 ml), -7,78%; biscoito (400 g), -7,61%; e batata-inglesa (kg), -6,64%.
MARINGÁ – MAIO | |
ITEM | VARIAÇÃO (%) |
Aumentos | |
Alho (kg) | 10,53 |
Molho e extrato de tomate (340 g) | 6,51 |
Cebola (kg) | 5,80 |
Quedas | |
Óleo de soja (900 ml) | -7,78 |
Biscoito (400 g) | -7,61 |
Batata-inglesa (kg) | -6,64 |
Fonte: Ipardes |
12 meses
Em relação aos últimos 12 meses, o IPR – Alimentos e Bebidas revela que as maiores altas em Maringá incidem nos seguintes itens: molho e extrato de tomate (340 g), 57,92%; biscoito (400 g), 28,12%; e maçã (kg) 21,61%.
Da outra ponta, as maiores quedas ficaram com óleo de soja (900 ml), -34,50%; cebola (kg), -23,42%; e batata-inglesa (kg), -20,36%.
Nos últimos 12 meses, os itens com maiores altas no estado foram o biscoito (32,11%), ovo de galinha (25,77%) e maçã (20,52%). Em sentido oposto, apuraram-se, no mesmo período, preços menores em óleo de soja (-35,41%), cebola (-23,56%) e batata-inglesa (-20,33%).
Nesse mesmo período o biscoito apresentou reajuste de 40,56% em Curitiba; 38,03% em Cascavel; 32,39% em Londrina; 28,12% em Maringá; 27,64% em Foz do Iguaçu e 26,56% em Ponta Grossa. Já a queda no preço de óleo de soja foi de 38,68% em Londrina; 36,37% em Cascavel; 34,50% em Maringá; 33,97% em Curitiba; 33,51% em Foz do Iguaçu; e 35,29% em Ponta Grossa.
MARINGÁ – 12 MESES | |
ITEM | VARIAÇÃO (%) |
Aumentos | |
Molho e extrato de tomate (340 g) | 57,92 |
Biscoito (400 g) | 28,12 |
Maçã (kg) | 21,61 |
Quedas | |
Óleo de soja (900 ml) | -34,50 |
Cebola (kg) | -23,42 |
Batata-inglesa (kg) | -20,36 |
Fonte: Ipardes |
Contribuições
A contribuição em pontos percentuais corresponde à influência de cada um dos itens no resultado agregado do IPR – Alimentos e Bebidas. Ao fim, o somatório dessas contribuições expressa a taxa mensal do índice.
Durante o mês de maio, as principais influências para o aumento do índice foram pão francês, tomate, alho, queijo muçarela e ovo de galinha. Por outro lado, os decréscimos de óleo de soja, café e coxa, sobrecoxa, costela bovina e batata-inglesa contiveram o avanço do IPR.
Em nível municipal, o pão francês esteve entre as principais contribuições percentuais com alta em quatro das seis localidades. Já o óleo de soja esteve presente entre os produtos com influência de queda em todos os municípios pesquisados.
Metodologia
O Ipardes divulga mensalmente a variação do Índice de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), composto por 35 produtos, e de abrangência para o Paraná e os municípios de Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Os preços para o cálculo do índice são extraídos das Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônica (NFC-e) emitidas por estabelecimentos comerciais e disponibilizadas pela Receita Estadual do Paraná, respeitando os critérios de sigilo fiscal.
A composição da cesta de produtos reflete o padrão de consumo de famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos, retratado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE de 2018.
Para o cálculo do IPR – Alimentos e Bebidas são utilizados, aproximadamente, 382 mil registros de notas fiscais eletrônica ao consumidor (NFC-e) emitidas por 366 estabelecimentos comerciais, distribuídos pelos seis municípios polos do Estado do Paraná.