Com alta de 1,57% nos preços, Maringá apresentou a maior inflação em abril no Paraná. Ao menos, entre os seis municípios pesquisados no Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas (IPR – Alimentos e Bebidas), calculado mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Depois da Cidade Canção, vem as localidades de Cascavel, 1,53%; Londrina, 1,49%; Curitiba, 0,65%; Ponta Grossa, 0,22% e Foz do Iguaçu, 0,13%.
De maneira geral, o IPR apresentou alta de 0,93% em abril frente a queda de 0,04% do mês imediatamente anterior. Com esse resultado, a taxa acumulada nos quatro primeiros meses do ano foi de 1,33%; já no conjunto de doze meses (entre maio de 2022 e abril de 2023) a variação foi de 4,63%.
O índice acumulado de 12 meses permanece desacelerando no Paraná, com variações menores do início desse ano visivelmente contrastando com as taxas mais elevadas do ano anterior.
Regionalmente, dois municípios apresentaram taxas superiores ao acumulado do estado: Maringá e Londrina, com variações de 5,82% e 5,77%, respectivamente; na sequência vieram Cascavel (4,60%), Curitiba (4,01%), Foz do Iguaçu (3,97%) e Ponta Grossa (3,57%).
Abril
No caso do mês de abril, três produtos puxaram a alta de preços em Maringá: batata-inglesa (kg), com variação de +26,96%; tomate (kg), +19,07%; e cerveja (350ml), +8,37%.
Dos 35 produtos integrantes do IPR – Alimentos e Bebidas destacaram-se, em abril, os reajustes de 24,41% em tomate, 18,68% em batata-inglesa e 3,67% em leite integral. Por outro lado, observou-se suavização nos preços de óleo de soja, laranja pera e maçã com quedas de 6,77%, 5,55% e 5,11%, respectivamente.
As duas primeiras oscilações positivas estão relacionadas à transição de safras, como explica o coordenador de pesquisas periódicas e editoração do Ipardes, Marcelo Antônio. “As fases de colheita e comercialização da primeira safra estão próximas do fim, enquanto na segunda safra esses mesmos procedimentos ainda são incipientes, gerando, dessa forma, uma restrição na oferta desses produtos ao consumidor e aumento de preços”, disse, via assessoria.
Na outra ponta, a queda na Cidade Canção foi registrada na maçã (kg), -8,16%; café (500g), -7,18%; e maionese (500g), -6,79%.
Maringá – Abril | |
ITEM | VARIAÇÃO (%) |
Aumentos | |
Batata-inglesa (kg) | 26,96 |
Tomate (kg) | 19,07 |
Cerveja (350ml) | 8,37 |
Quedas | |
Maçã (kg) | -8,16 |
Café (500g) | -7,18 |
Maionese (500g) | -6,79 |
Fonte: Ipardes |
Doze meses
Nos últimos 12 meses, os itens com maiores variações no estado foram o biscoito, com 35,87%, ovo de galinha, com 23,17% e maionese, com 19,24%. Em sentido oposto, apuraram-se, no mesmo período, preços menores em óleo de soja (-28,56%), batata-inglesa (-23,01%) e tomate (-20,93%).
Falando em Maringá, no acumulado de 12 meses a alta foi registrada nos seguintes produtos: molho e extrato de tomate (340g), +48,79%; biscoito (400g), +42,11%; e cerveja (350ml), +19,70%. E a queda de preços: óleo de soja (900ml), -28,07; tomate (kg), -20,66%; e batata-inglesa (kg), -18,94.
Maringá – 12 meses | |
ITEM | VARIAÇÃO (%) |
Aumentos | |
Molho e extrato de tomate (340g) | 48,79 |
Biscoito (400g) | 42,11 |
Cerveja (350ml) | 19,70 |
Quedas | |
Óleo de soja (900ml) | -28,07 |
Tomate (kg) | -20,66 |
Batata-inglesa (kg) | -18,94 |
Fonte: Ipardes |
Indicador
Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.
Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.
Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade.