As lavouras de trigo estão em condições piores no Estado. Segundo o mais recente Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), muitos municípios na metade Norte do Estado devem chegar a 40 dias sem precipitações nesta semana, fazendo com que atualmente apenas 67% das lavouras ainda apresentem boas condições, ante 69% na semana anterior e 95% na safra passada, neste mesmo período.
As lavouras em condições médias representam 24% (estáveis) da área e as ruins 9% (ante 7% na semana anterior). “Esse é o pior início de safra registrado desde 2011, quando geadas intensas foram registradas mesmo no Norte do Estado e fizeram com que apenas 62% das lavouras fossem consideradas boas no início de julho”, avalia o Eng. Agrônomo C. Hugo W. Godinho, do Deral.
Segundo ele, as geadas ocorridas no fim de semana passado, por sua vez, atingiram apenas a região de plantio mais tardio, não prejudicando as lavouras de trigo, que estavam em sua fase mais tolerante a frio.
Preços
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do trigo se mantiveram em alta ao longo de junho no país, período de entressafra e de baixa disponibilidade do cereal. A valorização do dólar frente ao Real também deu suporte às cotações domésticas, à medida que encarece as importações do trigo.
O ritmo de negociação, contudo, esteve lento em junho. Produtores voltaram as atenções à semeadura da próxima safra, e os vendedores ativos no spot pediram preços maiores em novos fechamentos. Do lado da demanda, muitos agentes de moinhos se mostraram abastecidos, sem necessidade de adquirir grandes volumes.