Maringá deve ter maior média de empregos temporários formais dos últimos anos

Estatisticamente este ano deve ser gerado em torno de 115 empregos temporários no mercado formal - Foto: Arquivo/ACIM

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) sobre a geração de empregos temporários nos últimos 13 anos (2010 a 2013) em Maringá no 4° trimestre de cada ano, média de empregos temporários gerados foi de 114 empregos temporários formais. Avaliando dados apenas de 2020 a 2023, esta média baixou para 113 empregos temporários formais gerados.

Estatisticamente este ano deve ser gerado em torno de 115 empregos temporários no mercado formal, principalmente como vendedores do comércio, na produção de bens e serviços industriais e trabalhos administrativos de apoio a produção. “Isto porque tanto no Paraná, como em Maringá o setor produtivo esta com dificuldade de fechar vagas que não são temporárias, visto que estamos com um taxa de desemprego abaixo de 5%, se configurando como pleno emprego”, comenta a economista do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) Juliana Franco Afonso.

A economista salienta que estes dados acima são do mercado formal de trabalho. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a informalidade no Brasil, segundo o Censo 2022 em números absolutos é de 38,8 milhões de trabalhadores. Para se conseguir os dados e informações seria necessário fazer uma pesquisa de campo com as empresas.

Avaliação

Este final de ano de 2024 vem apresentando boas perspectivas de vendas para os comerciantes e prestadores de serviço. Por consequência, também há boas perspectivas de criação de vagas de emprego temporárias, inclusive com remunerações superiores aos anos anteriores por conta da baixa taxa de desemprego atualmente em vigor.

Esta melhoria nas perspectivas de venda e emprego vem ocorrendo principalmente pelo aumento do chamado “consumo das famílias”. “O aumento da demanda de emprego por parte dos empresários para atender esse aumento do consumo reduziu a taxa de desemprego no Brasil para 6,6% em agosto deste ano, conforme dados do IBGE, sendo esta uma taxa baixa para os padrões do país nos últimos anos”, destaca o Professor de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Robson Luís Mori.

Mori explica que a lógica econômica é simples, com mais poder de consumo, as famílias poderão comprar mais produtos e serviços neste final de ano. Com melhores perspectivas de vendas, os empresários contratarão mais. Como a taxa de desemprego está baixa para os padrões recentes do país, para contratar novos trabalhadores os empresários poderão ter que pagar salários mais elevados. Por fim, as expectativas de vendas e emprego podem melhorar ainda mais com a injeção do 13º salário na economia.

“Uma variável que pode atrapalhar um pouco o desempenho nas vendas e no emprego é a taxa de juros elevada no país que dificulta, principalmente, vendas a prazo. Apesar disso, as perspectivas gerais da economia para este final de ano são melhores do que as dos anos anteriores”, avalia o professor.

Em todo estado

As vendas no comércio de varejo do Paraná tiveram crescimento acima da média nacional de janeiro a agosto desse ano. O volume de vendas cresceu 5,5% (na variação acumulada em 12 meses à alta foi de 3,6%) enquanto que no Brasil a alta de vendas foi de 4,5%. Os números são em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada no dia 10 deste mês pelo IBGE.

A pesquisa se refere às vendas do varejo ampliado, que leva em conta todos os segmentos comerciais, incluindo venda de materiais de construção, veículos e autopeças. Em relação à receita nominal dos varejistas do comércio ampliado, o crescimento do Paraná no acumulado do ano foi de 7,8%.

Entre todos os segmentos, a maior alta foi registrada pelos varejistas de veículos, motocicletas, partes e peças automotivas, com crescimento de 17,8% no ano.

Registraram queda, os segmentos das vendas no atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,3%), combustíveis e lubrificantes (-8,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-11,1%).

Sair da versão mobile