Com todos os setores da economia fechando no azul, o município de Maringá gerou 5.272 novas vagas de emprego com carteira assinada em 2023. É o que revela o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira, 30 de janeiro, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O número é resultado de 97.800 admissões e 92.528 desligamentos de janeiro a dezembro na Cidade Canção.
O setor de serviços se consolidou como o motor do mercado de trabalho formal no terceiro maior município do Paraná. Segundo consulta da reportagem, foram criados 2.791 postos de trabalho nesse ramo econômico. Mas a construção também mostrou grande impacto, com 1.024 novas vagas no acumulado de 2023.
Em seguida, figuram o comércio (+727), a indústria (+674) e a agropecuária (+56).
É um desempenho em sintonia com o cenário nacional. Em todo o Brasil, conforme os dados do Novo Caged, o maior crescimento do emprego formal em 2023 ocorreu em serviços, com a criação de 886.256 postos. No comércio, foram criados 276.528 postos; na construção 158.940; na indústria, 127.145; e na agropecuária, o saldo foi de 34.762 postos.
No total, o país fechou o ano passado com saldo positivo de 1.483.598 empregos formais. No acumulado do ano (janeiro a dezembro), foram registradas 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos. O salário médio de admissão foi R$ 2.037,94.
Nas 27 unidades federativas ocorreram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390.719 postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%) e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). Nas regiões, as maiores gerações ocorreram no Sudeste, (726.327), Nordeste (298.188) e Sul (197.659). O maior crescimento foi verificado no Nordeste, 5,2%, com geração de 106.375 postos no ano.
A maioria das vagas criadas em 2023 foram preenchidas por homens (840.740). Mulheres ocuparam 642.892 novos postos. A faixa etária com maior saldo foi a de 18 a 24 anos, com 1.158.532 postos.
Dezembro
No caso específico de dezembro, cujos dados também foram revelados nesta terça-feira, Maringá fechou com número negativo, perdendo 2.022 vagas de emprego com carteira. É que as demissões (7.609) superaram as contratações (5.587), no último mês de 2023.
Todos os setores pesquisados ficaram com saldo vermelho, destacando serviços (-853), construção (-479) e indústria (-461). Por sua vez, comércio e agropecuária perderam 220 e 9 postos de trabalho, respectivamente.
O país também fechou dezembro com resultado negativo: -430.159 postos de trabalho com carteira assinada. No mês passado, foram 1.502.563 admissões e 1.932.722 demissões, segundo o Caged. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a queda ocorreu devido ao ajuste sazonal realizado no mês.
“Dezembro não é o melhor mês do Caged, pelo contrário, é um mês em que as empresas fazem a rescisão de contratos, especialmente os contratos temporários. E tem também os estados, especialmente [os contratos nas áreas de] educação e saúde, que acabam rescindindo contratos”, explicou o ministro Luiz Marinho, via Ag. Brasil.
No último mês de 2023, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos negativos: serviços (-181.913 postos); indústria (-111.006 postos); construção (-75.631 postos); agropecuária(-53.660 postos) e comércio (-7.949 postos).