A safra de verão do milho no Paraná deve enfrentar uma queda de 19% em sua produção, na comparação com o ciclo de verão anterior. Esta é a estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), apresentada no Boletim Semanal publicado nesta quinta-feira, 7 de dezembro.
Segundo o documento, a safra atual poderá gerar um volume de 3 milhões de toneladas, 19% a menos que no ciclo de verão anterior. Algumas lavouras no estado estão maturando, apesar do percentual não chegar a 1%.
Assim, se confirmado esse volume de 3 milhões, a primeira safra equivaleria a menos de 20% do milho produzido no somatório da 1ª e 2ª safras paranaenses, caso se repita a produção de 14 milhões de toneladas obtida no inverno anterior.
“Essa tendência de aumento de importância da 2ª safra em detrimento da de verão deve se consolidar ainda mais esse ano. O problema de atraso na colheita da soja verificado no início de 2023 não deve se repetir, possibilitando o plantio subsequente do milho de forma mais ágil em 2024”, diz o boletim preparado pelos técnicos do Deral, que tem ligação com a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Em números, isso se demonstra no adiantamento das fases da soja, que atualmente atingem 17% com vagens já formadas, enquanto no problemático ano anterior representavam apenas 3%. “Isto traz um viés positivo para a área a ser plantada na segunda safra de milho, visto que a maior área plantada no estado foi 2,7 milhões de hectares, precedida por lavouras de soja que não estavam tão adiantadas como hoje (9% das lavouras com vagens formadas na semana 49 de 2021)”, explica.
O plantio da 1ª safra do milho chegou ao fim, em uma área estimada 18% menor que a colhida em 2022, passando de 379,1 mil hectares para 312 mil. Segundo o Deral, a baixa luminosidade atrapalhou um pouco o desenvolvimento das plantas, e com isso a projeção de produtividade está levemente abaixo da obtida no ano anterior, em 9.762 ante 9.980 kg/ha.