A safra da soja no Paraná deve bater na casa de 21,9 milhões de toneladas, segundo números divulgados pelo Boletim Semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgado nesta quinta-feira, 14 de setembro.
Se se confirmar essa previsão, a produção ficará um pouco abaixo do volume da safra anterior, que foi de 22,4 milhões de toneladas, um recorde.
Segundo o Boletim, a estimativa de plantio é de 5,8 milhões de hectares de soja na safra atual. No momento, apenas 1% da área plantada. Mas é que o cultivo foi liberado agora, após o dia 10 de setembro, quando chegou ao fim o período de vazio sanitário da soja no Paraná.
“Durante os 90 dias que precedem essa data, é proibido o cultivo de plantas de soja nos campos. Essa medida tem como principal finalidade a redução dos riscos associados à proliferação do fungo responsável pela ferrugem asiática, visando proteger a próxima safra de soja contra possíveis danos”, diz o documento preparado pelos técnicos do Deral.
Assim, com o plantio liberado, os produtores já começaram os trabalhos de campo. O clima está favorável para o plantio e durante a semana este percentual deve aumentar.
Milho
Em relação ao milho, a colheita da segunda safra evoluiu esta semana e chegou a 89% da área total estimada em 2,37 milhões de hectares. A produção esperada é de 13,98 milhões de toneladas, a maior safra da história para o período. “Neste momento restam apenas 260 mil hectares a serem colhidos e quase metade dessa área está situada na região norte do Paraná, que normalmente planta mais tarde a cultura”, diz o Boletim.
Em relação à primeira safra 2023/24, o plantio chegou a 42% e está num ritmo mais intenso quando comparado a safras anteriores.
“O mercado do milho apresenta quedas na cotação. Na última semana o preço recebido pelo produtor pela saca de 60 kg foi cotado inferior a R$ 44,00, conforme mostra o gráfico abaixo. A cotação atual é em torno de 42% menor que o fechamento de setembro de 2022”.
Frutas
Com impacto menor no Valor Bruto da Produção (VBP), da Agropecuária no Paraná, com participação entre 1,0% e 2,0%, a fruticultura tem uma representatividade diluída no agronegócio estadual.
“Em 2022, com R$ 2,5 bilhões de VBP, a fração prevista deve permanecer nos 1,2%, quando observadas as 35 frutas cultivadas no estado, tendo no horizonte que na safra 96/97 a parcela referente às frutas foi de 2,6% no Valor Bruto da Produção do Paraná”, diz o Boletim.
Laranjas, Tangerinas e Limões, cultivados em 29,1 mil hectares, proporcionaram colheitas de 842,4 mil toneladas e respondem por 63,4% de todo o volume colhido das frutas no ano em tela. Já o cultivo dos citrus se estabelece como a principal atividade do segmento no Paraná, com sua área abarcando 53,7% dos pomares, ante os 54,2 mil ha e as 1,3 milhão de toneladas da fruticultura.
“Em perspectiva, considerar que mesmo com participação diminuta e decrescente na Economia Rural do estado, a Fruticultura se reveste de importância ímpar nas regiões e municípios onde está inserida, gerando empregos e renda, tanto no campo como nas cidades nos mais diversos elos das cadeias de produção”, avaliam os técnicos do Deral.