Consagrada no cenário paranaense, a ADRM Maringá começou a trilhar sua história na Liga de Basquete Feminino (LBF), que é a elite nacional na categoria. As meninas da Cidade Canção venceram na estreia o Blumenau (62 a 58), um clube rodado; e agora vão jogar pela primeira vez em casa, na próxima terça-feira, 18 março, no ginásio da Arcom, às 19h30.
Pela frente, o Cerrado, outro caçula na competição. Porém, com grande investimento, o que possibilita ter jogadoras que passaram por seleções e de outro país. O técnico da equipe maringaense Rafael Oliveira classifica que será uma partida “dificílima” contra uma equipe qualificada. Mas que está em processo de acerto do time.
Nesse ponto, uma vantagem do time anfitrião é o entrosamento. “A nossa equipe, apesar de ser de um custo mais baixo, já está conosco há um tempo”, diz Rafael ao jornal O Maringá, acrescentando que apenas os três reforços – Jenyff, Lorena e Thailane – ainda passam por um período de encaixe e conhecimento do grupo. “A gente pode fazer uma partida boa. O nosso objetivo é evoluir a cada jogo”.
Ele destaca que se o time maringaense acertar a proposta de jogo, pode surpreender as visitantes. A seu favor, a ADRM tem a velocidade e a leveza de uma equipe com média de 21 anos de idade, que propõe um jogo corrido, dinâmico. “Muitas jogadoras nunca tinham participado da Liga e estão tendo oportunidade”, destacando que não vão faltar raça e vontade à equipe maringaense.
Aliás, as meninas vêm de um grande retrospecto em 2024, enfileirando títulos (Paranaense Adulto, Sul Brasileiro e Jogos Abertos do Paraná) e longa sequência de vitórias que permanece até agora. Por isso, a base construída é entrosada.
Outro aspecto é o chamado “fator casa”, ou seja, utilizar a torcida local a favor da ADRM, como se fosse a “sexta jogadora”. Serão duas partidas seguidas na Arcom: uma contra o Cerrado e outra no dia 28 de março diante do tradicional Santo André. “A torcida já mostrou o quanto ela é importante para nós. Quando jogamos o Campeonato Paranaense nos sagramos campeões aqui, no ano passado. E isso faz muito a diferença: o calor da torcida. E as meninas gostam desse calor”, avalia o professor Rafael.

Proposta é evolução
Na LBF 2025, a proposta da ADRM é evoluir a equipe, dando oportunidades e condições para as atletas. Por isso, foi mantida a base para que elas possam jogar uma competição desse nível. Inclusive, a Liga tem uma intensidade bem diferente de outras competições. “A dificuldade só vai aumentar”, diz Rafael.
“O único objetivo é melhorar a nossa performance. A cada dia, eu quero melhorar a nossa estatística de arremesso, de roubo de bola, de contra-ataque… umas capacidades técnicas que o basquetebol consegue evoluir”, dizendo que, com isso, pode sagrar com uma vitória, duas, três e assim por diante.

Sonho de jogar na elite
Com mais de duas décadas no basquete, Rafael Oliveira sonhava em chegar à elite do esporte. Agora, após a conquista, o objetivo é fazer um trabalho melhor a cada dia, a cada treino. São dois períodos diários de atividades, tanto no ginásio quanto na academia.
Já a visibilidade na LBF, que é uma vitrine com grande alcance, pode resultar no interesse de outras equipes pelas atletas de Maringá. “Minha missão é essa oportunidade para as meninas”, avalia o técnico, explicando que a “missão” vai além da quadra, revelando talentos e também despertando o apoio de empresas para investir na equipe.
Ele diz que seria importante manter o plantel, mas se acontecer algo de diferente com elas, como o interesse de outros clubes, terá cumprido seu objetivo. O professor afirma que é evoluir o ser humano.

Grupo entrosado
A ala-pivô Ana Karine Sampaio e a pivô Aléxcia Maria são exemplos de jogadoras que formam o conjunto azeitado da ADRM Maringá. Ambas são jovens e disputam pela primeira vez a LBF.
Com 20 anos de idade, Aléxcia diz que é uma experiência única estar na Liga e fazer parte do grupo. Ela está no terceiro ano de ADRM e vem aprendendo com as mais experientes do time. “Estou muito feliz de estar aqui, participando”, destacando que acompanhou a evolução da equipe até chegar à elite do basquetebol brasileiro. “Merecido a gente estar participando, dada as conquistas”.
Por sua vez, Sampaio, de 21 anos, está há quatro temporadas no projeto maringaense. “O bom é que a gente continuou com o mesmo time do ano passado”, exemplificando que uma atleta já sabe o jogo da outra. Apenas os reforços ainda passam por fase de encaixe na equipe. Mas, segundo Sampaio, não é empecilho, sendo uma questão de tempo para acertar. “As meninas estão vindo para somar e vai dar muito bom esse time”.
Debutando na Liga, a ala-pivô confessa que, no primeiro jogo, estava com o coração acelerado e nervosa. Depois, foi passando a ansiedade e ela entrou na onda da partida.
Para o confronto com o Cerrado, Sampaio diz que o selecionado maringaense vem se preparando com treinos puxados e uma semana intensa. A sua expectativa e de todo o grupo é ter confiança e grandeza. “Vai ser um jogo bom”.
Na sua avaliação, Aléxcia acredita que será um embate corrido, pois são duas equipes jovens. “O DNA do nosso time é soltar a bola e correr”.

Serviço
A partida entre ADRM Maringá e Cerrado será em 18 de março (terça-feira), às 19h30, no ginásio da Associação Recreativa Copel Maringá (Arcom), que fica na rua Caxambu, 388, Jardim Alvorada.
Os ingressos estão à venda AQUI
A seguir, mais clicks do treino da manhã desta quinta-feira, 13:












Créditos: Cristiano Martinez