Com assessoria e agências
No dia em que o esporte paralímpico brasileiro brilhou mais uma vez, os atletas apoiados pelo Estado do Paraná, por meio do Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) e do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte), conquistaram quatro medalhas na Paralimpíada de Paris-2024 nesta segunda-feira, 2, com destaque para as gêmeas da natação, Bia e Débora, que ganharam medalhas no dia do aniversário do pai, Eraldo Carneiro.
O dia começou com a medalha do curitibano Ronan Nunes Cordeiro, 27 anos, que conquistou a primeira medalha brasileira do triatlo paralímpico da história. Ele disputou na classe PTS5, categoria para atletas com limitações físico-motoras, e finalizou a prova em 59 minutos e 01 segundo. A conquista foi muito comemorada no Colégio Estadual do Paraná (CEP), onde Ronan começou a carreira no esporte.
Ronan, que tem uma má-formação congênita na mão esquerda, começou na natação em 2012 e passou a competir no triatlo em 2018. Em seis anos na modalidade, ficou com a terceira colocação no mundial de 2021 e já ganhou medalhas em três etapas de Copa do Mundo.
Gêmeas fazem a alegria no aniversário do pai
Na natação, as irmãs Débora e Beatriz Carneiro conquistaram, respectivamente, a prata e o bronze na prova dos 100m peito SB14, para nadadores com deficiência intelectual. Débora finalizou a prova dentro de 1min16s02 para ficar com o segundo lugar, Beatriz fez em 1min16s46. O ouro ficou com a Louise Fiddes, da Grã-Bretanha, com tempo de 1min15s47.
Antes, Beatriz havia conquistado outro bronze no domingo (1º), na prova mista de revezamento 4×100 metros livres. A paranaense foi a terceira a entrar na piscina e ajudou o Brasil a marcar o tempo de 3 minutos, 47 segundos e 49 centésimos. A marca é o novo recorde das Américas na categoria.
Nascidas em Maringá em 1998, ambas iniciaram na natação ainda crianças. Beatriz soma três participações em Jogos Paralímpicos (esteve na Rio-2016 e Tóquio-2020), enquanto a irmã está participando pela segunda vez (estreou em Tóquio). As duas são apoiadas pelo estado desde 2015.
As gêmeas da natação já fazem muito em representar o Brasil, mas melhor ainda que voltarão com medalhas. Mas, o melhor de tudo é que a maior glória das duas irmãs acontece no dia do aniversário do pai delas, o cirurgião dentista cirurgião dentista Eraldo Volpato Carneiro, principal responsável pelo sucesso das filhas no esporte e que as acompanha em Paris.
– Em Tóquio eu fiquei em quarto por três centésimos e agora a gente vai subir no pódio juntas. Tô mega feliz, quem sabe em Los Angeles não fico em segundo ou terceiro? É minha segunda Paralimpíada, mas a primeira com público. E hoje meu pai tá aí, é aniversário dele e a gente queria deixar um feliz aniversário pro meu pai – disse Débora.
– É muito emocionante. Eu me sinto emocionada porque carregar uma medalha, só a gente sabe o que a gente sofre, que a gente perde festa, perde muita coisa para estar aqui. A natação é nossa vida. Eu me sinto muito honrada. Pai, feliz aniversário! – disse Bia.
Vitor Tavares é bronze no parabadminton
Vitor Gonçalves Tavares, apoiado pelo GOP e pelo Proesporte, venceu o honconguês Chu Man Kai e conquistou a medalha de bronze na categoria SH6 do parabadminton, que reúne pessoas com baixa estatura. A partida foi vencida por 2 sets a 1, com parciais de 23×21, 16×21 e 21×12.
Cinco vezes medalhista mundial e campeão dos Jogos Parapan-Americanos, o curitibano já havia vivido a mesma situação em Tóquio-2020, mas acabou perdendo a disputa do bronze para o britânico Krysten Coombs. Ele tem apoio do estado desde 2018.
O treinador de Vitor, Italo Hauer, também é bolsista dos programas Geração Olímpica e Paralímpica e Proesporte.
Esporte paranaense vai longe com o GOP
O Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) é o maior programa estadual de apoio ao esporte de alto rendimento em todo o Brasil. Desde a sua criação, em 2011, já foram mais de R$ 50 milhões investidos em atletas de diferentes níveis.
Ronan e Beatriz estão no grupo de 63 atletas olímpicos e paralímpicos que, neste ano, recebem a maior bolsa do projeto, de R$ 3 mil
Os editais das bolsas são abertos anualmente e a concessão delas acontece mediante a comprovação de bons desempenhos esportivos em diferentes competições. Os valores são pagos aos atletas por seis meses. Em 2024, foram contemplados 1.165 nomes para receberem o auxílio do Governo do Estado do Paraná, com investimento de R$ 5,2 milhões.
A iniciativa é considerada o maior programa estadual de incentivo ao esporte na modalidade bolsa-atleta, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e divulgada na Revista Latino-Americana de Estudos Socioculturais do Esporte.
Os recursos são usados pelos atletas para a execução e gestão das atividades previstas, confecção de uniformes, material de divulgação e promoção, infraestrutura de logística (hospedagem, alimentação e transporte), programas de treinamento e capacitação, bem como avaliações médicas e laboratoriais dos atletas.
PROESPORTE – Também do Governo do Paraná, o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte destinou R$ 50 milhões no edital 2024/2025 e mais R$ 50 milhões já anunciados para 2026/2027. Criado em 2013 e regulamentado em 2017, é uma lei de incentivo que permite aos contribuintes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a destinação de parte do valor do imposto a recolher para projetos credenciados pela Secretaria de Estado do Esporte.
Desde 2018, ano do primeiro edital, já foram destinados R$ 83 milhões para 577 projetos, sendo que R$ 10 milhões foram destinados a 39 projetos de pessoas com deficiência.
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