O médico ginecologista Felipe Sá Pereira, acusado de abuso sexual contra dezenas de pacientes dentro de sua clínica, em Maringá, foi condenado a 35 anos, 1 mês e 9 dias de prisão. A sentença também cassou o registro profissional do médico.
O ginecologista, que foi condenado também a pagar indenização de R$ 15 mil a cada vítima, foi acusado de 13 crimes.
Felipe Sá, que fazia lives nas redes sociais para falar sobre mulheres e questões relacionadas à ginecologia, foi denunciado em janeiro do ano passado por abuso contra uma paciente praticado dentro de sua clínica e, com a divulgação, cerca de 40 outras mulheres de várias cidades paranaenses também procuraram a polícia para denunciar que foram vítimas de abuso.
Pelo que foi apurado pela polícia, os abusos estariam ocorrendo desde 2017. O procedimento era sempre o mesmo: o médico criava um ambiente para ganhar a confiança da paciente e praticava o abuso.
Sugeriu que paciente fizesse sexo oral na clínica
Uma psicóloga contou que ouviu do ginecologista e obstetra insinuações de cunho sexual enquanto se consultava. Segundo ela, ele teria dito que estava excitado durante a consulta e sugeriu que a paciente fizesse sexo oral nele.
Felipe Sá foi preso em junho do ano passado e permaneceu na prisão até dezembro, tendo sido liberado pela Justiça para acompanhar o processo em liberdade. Agora ele deverá retornar para a Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) para o cumprimento da pena. Seus advogados de defesa anunciaram que vão recorrer da decisão da Justiça.
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