A crise que atinge o Grêmio de Esportes Maringá já cruzou a linha do gramado, o alambrado, ganhou destaque na imprensa e tudo indica que vai terminar na Justiça com jogadores reivindicando direitos trabalhistas e credores tentando receber alguns milhares de reais em dívidas feitas e não pagas pela diretoria do time. Com escândalos pipocando a cada instante, o time dificilmente terá clima para disputar os próximos jogos pela Segunda Divisão do Campeonato Paranaense.
Na tarde desta terça-feira, os atletas que foram despejados de um hotel em São Pedro do Ivaí porque o time não pagou o alojamento perderam a paciência e eles próprios gravaram vídeos e distribuíram para os órgãos de imprensa denunciando a crise no time e culpando abertamente os diretores, a quem atribuem culpa pela situação caótica a que se chegou.
Teve jogador que tornou público que se feriu no trabalho e não teve atendimento médico pelo clube, outros disseram que tiveram que pagar do próprio bolso refeições feitas em cidades em que o time foi cumprir tabela.
Nesta terça-feira, além do despejo, foi divulgado que só em São Pedro do Ivaí, onde o Grêmio treina, a dívida já passa de R$ 85 mil. Mas, a crise é bem mais antiga e vem afetando o rendimento do time no campeonato.
Diferente dos outros times que disputam a Segundona, onde há preocupação com o condicionamento físico, os jogadores do Grêmio sequer frequentam uma academia para manter a forma física, como disseram nos vídeos gravados nesta terça-feira.
Os jogadores, que são as maiores vítimas, estão recebendo apoio da torcida, que já percebeu que os problemas do Grêmio Maringá não estão dentro de campo. Em campo estão as consequências de problemas extracampo, como denunciou Joel Preisner, que dirigiu o time no último domingo na derrota por 2 a 1 para o Patriotas. “Só quem está aqui dentro sabe o que está acontecendo”, disse o técnico interino.
Veja o vídeo completo:
Video Divulgação.
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