O feriado da Padroeira termina com o brasileiro na frente da televisão para acompanhar mais uma exibição da seleção brasileira sob o comando do técnico interino Fernando Diniz pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026. Nesta quinta-feira, 12, o Brasil enfrenta a Venezuela pela terceira rodada. A bola rola às 21h30 (horário de Brasília) na Arena Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso.
O Brasil é líder das Eliminatórias com seis pontos. Depois de passar pela Bolívia e Perú, a Amarelinha busca mais uma vitória. O meio-campista Casemiro disse que o Brasil deve ser sempre encarado como favorito, mas reforçou que a condição não indica um resultado positivo dentro de campo.
“Eu não gosto de me esconder atrás disso, não digo que devemos estar relaxados ou até que ganhamos o jogo, mas temos que ser realistas que somos favoritos e poucas seleções que enfrentarmos não seremos favoritos. É futebol, um dos poucos esportes em que o favorito nem sempre vence. Mas não podemos esconder que somos favoritos. Depende de nós concretizarmos em campo. A Seleção Brasileira é favorita, mas isso não vai determinar o resultado de amanhã”, explicou.
Na véspera de seu terceiro jogo à frente da seleção brasileira, o técnico Fernando Diniz destacou os pontos fortes do adversário.
“A gente tem que esperar os dois cenários. Posso falar da Venezuela que é um time que não ganhou do Paraguai por acaso, foi merecido, e fez jogo extremamente equilibrado contra a Colômbia, em Barranquilla. Nos últimos jogos contra o Brasil, foram jogos difíceis. Fizemos análise de jogos da Venezuela, tem jogadores que se mantém. Tem qualidade, é bem treinado e extremamente competitivo. Vamos tentar fazer um bom jogo amanhã”, afirmou.
Índios viajam 700 quilômetros para ver a seleção
“É uma honra muito grande a Seleção Brasileira receber vocês aqui. É importante pelas propostas e bandeiras que a CBF defende, principalmente as bandeiras da inclusão. Temos o maior respeito e carinho por toda a comunidade indígena e estamos fazendo uma competição extensa no Amazonas onde as equipes são formadas por índios. Queremos levar o mesmo formato a outras partes do Brasil onde também temos uma grande concentração de indígenas, como é o caso do Estado da Bahia. Todos somos iguais”, afirmou Ednaldo Rodrigues.
Wayali iholalare, um dos membros da aldeia que enfrentou 12 horas de viagem para chegar a Cuiabá, fala da alegria de realizar o sonho de ver a Seleção de perto. Wayali é um dos 1.600 membros de seu clã.
“Estou muito feliz, com muito orgulho. E se Deus quiser o Brasil vai vencer amanhã”, disse ele.
O presidente da CBF enfatizou que o trabalho de inclusão realizado pela entidade é um dos pilares da atual gestão e será sempre valorizado.
“O respeito à inclusão é um dos pilares da nossa gestão. E os indígenas têm todo o nosso carinho e apreço. Uma das preocupações do Papa Francisco, que nos foi dita quando estive no Vaticano, no ano passado, foi o de trabalhar pela inclusão a partir de um esporte como o futebol. Não é de agora que temos aqui no Brasil competições voltadas para os indígenas. É um trabalho que a CBF se propõe a fazer. Para mim, é como se estivesse em casa porque além de ser negro e nordestino, também tenho o sangue índio, já que a minha tataravó era índia de Mongoió, no estado da Bahia. Portanto, me sinto igualmente como um indígena”, completou.