Cláudio Viola
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Diante do Panamá, na manhã desta segunda-feira (24), a seleção brasileira entra em campo, às 8h, no Estádio Hindmarsh, valendo pela primeira rodada do Grupo F na 9ª edição da Copa do Mundo Feminina. As outras equipes da chave são França e Jamaica.
O selecionado nacional participou de todas as oito edições anteriores do torneio, mas nunca foi campeão. O melhor resultado do País foi o vice-campeonato em 2007, na China. Na ocasião, a seleção perdeu para a Alemanha na final, após golear os Estados Unidos por 4 a 0 na semifinal.
O Brasil também tem um terceiro lugar, conquistado em 1999, ao vencer a Noruega na disputa. A seleção perdeu para os Estados Unidos na semifinal por 2 a 0. O destaque foi a meia Sissi, artilheira do torneio com sete gols, que também ficou com a Bola de Prata e entrou na seleção da Copa.
Contra as panamenhas Marta deve começar no banco de reservas. A camisa 10, de 37 anos, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, faz uma série de trabalhos separada do grupo principal em razão de um desgaste na coxa esquerda. Em 2022, a atleta padeceu de lesão que a afastou dos gramados por 11 meses.
Para a composição do ataque, a técnica Pia Sundhage conta com Debinha, titular absoluta, mas a outra vaga é dúvida. Geyse e Bia Zaneratto disputam a posição. Já no meio-campo, a dúvida da treinadora sueca é entre Luana e Duda Sampaio, que disputam a vaga. A escolhida jogará ao lado de Ary Borges, Kerolin e Adriana. Assim, a provável escalação é: Letícia; Antônia, Kathellen, Rafaelle e Tamires; Luana (Duda Sampaio), Ary Borges, Kerolin e Adriana; Debinha e Geyse (Bia Zaneratto).
É despedida para a Rainha Marta
Para a Rainha Marta, a Copa do Mundo na Austrália e Nova Zelândia é de despedida. A camisa 10, eleita seis vezes melhor jogadora do mundo, disputa consecutivamente o seu quinto Mundial. Mas ela se recupera de grave lesão e nem estará entre as titulares na partida inicial. Marta faz parte do plantel principal do Brasil desde 2002. Foram 183 jogos e 119 gols pela seleção, distribuídos em cinco edições de Mundiais Fifa e também de Jogos Olímpicos, onde balançou as redes em 13 ocasiões. Em Copas, marcou 17 vezes (o maior número entre mulheres e homens). Ela deixou Alagoas aos 14 anos para jogar profissionalmente no Vasco da Gama. Atuou ainda jovem por duas temporadas no Santa Cruz, de Belo Horizonte, antes de ganhar o mundo quando negociada com o Umeå, da Suécia. Voltou ao Brasil e com o Santos foi campeão da Copa Libertadores. Atualmente defende o Orlando Pride, dos EUA.