Antenor Sanches é homenageado com estátua na Zona 5

Amigos antigos e moradores da Zona 5 estão visitando a praça e se surpreendem com a semelhança da estátua com o antigo morador do bairro

Como fundador da Associação dos Pioneiros de Maringá, Antenor Sanches sempre se preocupou com a preservação dos nomes dos primeiros moradores, agora ele próprio é homenageado

Não demora muito e a Praça dos Expedicionários, na Zona 5, mais conhecida como a praça do Café Cremoso, vai passar a ser conhecida como a Praça do Antenor Sanches. E podem ter certeza de que ele não acharia ruim a referência, pois trata-se de uma praça que ele gostava muito, frenquentou-a desde que ela apenas “um redondo” onde pastavam cavalos e cabritos e que unia algumas avenidas. Era a praça do bairro em que ele sempre viveu desde que chegou a Maringá em 1947, mesmo ano em que a Companhia Melhoramentos lançou o Maringá Novo.

Na última terça-feira, 6, por iniciativa da Secretaria da Cultura, a prefeitura de Maringá inaugurou na praça uma estátua de Antenor Sanches esculpida em bronze pelo artista plástico Henrique Hulse. A obra mostra o pioneiro sentado em um banco, de paletó e gravata, como era seu costume, e lendo um jornal “Cidade Canção”.

A referência ao jornal faz sentido, pois ele foi, por muito tempo, editor de um tabloide chamado “Cidade Canção”, em que contava histórias dos primeiros anos de Maringá. Além disto, o epíteto “Cidade Canção” foi adotado por Maringá a partir da sugestão de uma ouvinte do programa que Antenor apresentava no rádio.

Antenor na praça já recebeu a visita do prefeito Ulisses Maia, do vice-prefeito Edson Scabora, do historiador Reginaldo Dias, muitos moradores da Zona 5, amigos antigos e da equipe da Secretaria da Cultura, onde ele trabalhou e ajudou a formatar a Gerência de Patrimônio Histórico com o historiador João Laércio Lopes Leal, que também já foi à praça sentar-se no banco com o amigo.

 

O coração falou mais alto

Antenor Sanches era catarinense e morava em Caçador quando veio a Maringá em 1947 para conhecer a cidade e acabou ficando. Veio a convite do amigo Vicente Vareschini, que era corretor da Companhia Melhoramentos, mas aqui conheceu a irmã de Vicente, Lucrécia, uma jovem professora da primeira escola de Maringá, se apaixonaram, ele passou a encarar horas e mais horas de ônibus duas vezes por mês entre Caçador e Maringá e se casaram.

Com o casamento, Antenor teve que mudar de vez para Maringá, onde foi funcionário da prefeitura, vereador por sete mandatos, radialista e autor de livros sobre a cidade.

Foto: Divulgação

 

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