Após a cassação do mandato do deputado Delegado Fernando Francischini (PSL) e anulação dos 427.749 votos que ele recebeu nas eleições de 2018, a Assembleia Legislativa do Paraná declarou a vacância de quatro mandatos parlamentares beneficiados pela votação de Francischini e convocou os suplentes.
Ao cassar o mandato, o TSE determinou que a votação recebida pelo deputado na eleição de 2018 seja anulada. Dessa forma, uma nova totalização é realizada pelo TRE. Com o recálculo realizado pelo Tribunal, houve uma nova distribuição de votos válidos e, dessa forma, a recomposição das demais vagas, fazendo com que os outros três deputados do partido perdessem a vaga.
Além de Francischini, também deixam a Assembleia os deputados Emerson Bacil (PSL), Paulo Rogério do Carmo (PSL) e Cassiano Caron (PSL), que assumiu há poucos dias na vaga de outro deputado cassado, o subtenente Everton (PSL).
Assumem as vagas Adelino Ribeiro (Patriotas), Nereu Moura (MDB), Elio Rusch (DEM) e Pedro Paulo Bazana (PV). O presidente do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), convocou os novos parlamentares para assumirem os mandatos na sessão ordinária da próxima segunda-feira, 8.
Dos quatro novos deputados, três já ocuparam uma cadeira na Assembleia Legislativa. Nereu Moura, por exemplo, já teve seis mandatos desde o início da década de 1990.
Único estreante na Assembleia Legislativa, Pedro Paulo Bazana tomará posse para seu primeiro mandato como deputado estadual. Ex-vice-prefeito de Arapongas, Bazana obteve 21.145 votos no último pleito para deputado.
Nas eleições do ano passado foi candidato a prefeito de Arapongas, não sendo eleito.
Fora do cargo, Do Carmo recorre e sai em busca de voto
O ex-deputado estadual Paulo Rogério do Carmo (PSL), que perdeu a cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná no recálculo após a anulação dos mais de
400 votos do deputado Fernando Francischini (PSL), que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral na semana passada, disse que vai recorrer
na Justiça na tentativa de conservar o mandato, mas que desde já vai se esforçar para retornar à Assembleia pelo voto.
“Não vou vender uma falsa expectativa ao povo do Paraná e principalmente da minha região, de Maringá. Esta é uma situação nova. É a segunda vez no Brasil que são cassados os votos de um político com mandato. Pela Lei, se a Justiça Eleitoral não julgar um ilícito cometido na campanha até a diplomação, o político responde com seu mandato, ou seja, se ele for cassado depois, perde o mandato, mas os votos continuam válidos para dar segurança jurídica às pessoas que disputam a eleição”, diz o ex-parlamentar.
Segundo ele, “a Lei está a nosso favor, não houve inovação da Lei, mas sim da jurisprudência”.
Diante disso, Do Carmo diz que vai recorrer, porque, como advogado, se sente na obrigação de buscar a Justiça até o final, mas que desde já está em campo para retornar à Alep pelo voto nas eleições do ano que vem.