Um grupo de profissionais que atuam em procedimentos de falência e recuperações judiciais no Paraná constituíram em 26 de maio deste ano a Associação Paranaense de Administradores Judiciais (APAJUD), com central em Curitiba.
Segundo o presidente Atila Sauner Posse, a associação foi criada quando um curso realizado há alguns pelos profissionais estava terminando, pois não há órgão parecido no estado. “Existe no Brasil uma organização chamada IBAJUD, que se denominada Instituto Brasileiro de Administração Judicial, atualmente Instituto Brasileiro de Insolvência. Porém, este instituto tem abrangência nacional e é mais voltado à prática acadêmica. Nossa pretensão é menos acadêmica e mais voltada às necessidades práticas dos administradores”, diz.
A nova entidade tem entre os objetivos o de servir como um canal de interlocução, pretendendo estruturar um bom trabalho na área de insolvência, buscar o aprimoramento dos administradores, colocar-se como órgão capaz de elucidar questões afetas à recuperação judicial, extrajudicial e falência para a sociedade.
Em consequência da retratação econômica concebida pela pandemia do novo coronavírus, muitas empresas brasileiras encontram-se em situação de crise econômico-financeira. Diante disso, de acordo com Posse, esta foi uma das razões que impulsionaram a organizar a associação. “Vemos dia pós dia empresários em grande sofrimento e uma necessidade cada vez maior de que os instrumentos de reestruturação sejam colocados em prática rapidamente. Minha opinião sincera: não espere falir, corra para um projeto”, revela o presidente da APAJUD.
Desde que ele assumiu a presidência, ele tem como desafio maior o de organizar o tempo. “Assim é possível ter disponibilidade para a tarefa, compatibilizando com os demais afazeres profissionais e pessoais.”
A APAJUD tem como vice-presidente Giovanna Vieira Portugal Macedo, secretário Júlio Cesar Rodrigues e tesoureira, Luciana Kishino de Souza.
De acordo com o presidente Atila Sauner Posse, existe o Conselho Nacional de Justiça, que edita várias normas na área de recuperação e falência. “São normas que trazem impacto direto no dia a dia do nosso trabalho. Examinar e entender o alcance destas normas também faz parte dos nossos objetivos. Da mesma forma pretendemos ter a oportunidade de participar do debate da construção de novas diretrizes junto a este órgão”, explica.
Conforme o secretário Júlio Cesar Rodrigues, a entidade não tem fins lucrativos, é formada por mais de vinte administradores em atividade por todo o Paraná e está aberta para interessados que preencham os requisitos do estatuto.