Na noite de quinta-feira (29) um incêndio atingiu um galpão da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Cerca de 1 milhão de documentos audiovisuais estavam guardados no local. Havia previsão da montagem de um museu para que eles fossem compartilhados com a população, para contar a história do cinema brasileiro. Ao todo foram perdidos 4 toneladas de documentos do Instituto Nacional de Cinema, da década de 60, até hoje da Secretaria Especial de Cultura, passando pela Embrafilme e pela Concine.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém ficou ferido e esse não é o primeiro incêndio no prédio da Cinemateca, este é o terceiro desde a inauguração do galpão. E no ano de 2020 o prédio foi atingido por uma enchente.
Em agosto de 2020 o Governo Federal assumiu a direção da Cinemateca, mas em abril de 2021 trabalhadores da instituição fizeram um protesto, para alertar a situação de abandono do local, riscos de incêndio e solicitaram informações da Secretaria Nacional do Audiovisual referente ao plano de emergencial anunciado pelo então secretário de Cultura, Mário Frias, que está em Roma cumprindo agenda de reunião com ministros da Cultura do G20.
A Secretaria Especial da Cultura divulgou uma nota lamentando profundamente e informando que estava acompanhando a situação e afirmou “todo o sistema de climatização do espaço passou por manutenção”. E pediu o apoio da Polícia Federal na investigação das causas da tragédia. Já o secretário de Cultura Mário Frias, disse em sua rede social que a Polícia Federal fará perícia no local “para descobrirmos se foi um incêndio criminoso ou não”.