Maio é conhecido como o mês das noivas, embora não exista um conceito concreto, sendo desse modo, um costume mantido no decorrer dos anos. Com a pandemia da covid-19, o setor de casamentos foi afetado de modo expressivo, fazendo muitos casais adiarem as cerimônias por causa da insegurança de não saberem o que estava por vir nos próximos meses. Stefany Paula Queiroz, 22, e Rodolfo Gardinall, 27, são da cidade de Marialva e tiveram que adiar o casamento por três vezes. Ela é vendedora e ele agricultor. Os dois começaram a planejar a cerimônia há um ano e oito meses. “Foi muito difícil para nós ter que adiar o casamento, sonhamos tanto com o nosso dia”, diz Stefany.
Eles decidiram casar na pandemia pois quando marcaram o casamento ainda não havia isolamento social. “Escolhemos o mês de abril 15 dias antes disso tudo começar, aí tivemos que adiar pela primeira vez. No começo a gente achou que seria questão de dias para essa pandemia acabar, afinal, a gente não sabia como seria. Então, nós remarcamos novamente para o mês de junho, só que as coisas pioraram e muitos casos de covid.”
Os noivos remarcaram a cerimônia para fevereiro do ano que vem e acreditam que dessa vez ocorra como o planejado.
Sandra Maria Leal Corrêa é assessora de casamentos há 10 anos e trabalha com eventos há 15. Ela revela que o índice de cerimônias durante a pandemia caiu em 80%. Em 2020, foram aproximadamente cinco eventos realizados, sendo que o habitual era mais ou menos 65. Até o momento, a assessora conseguiu organizar somente dois. “Foi uma sensação de tristeza e impotência por não poder fazer nada além de passar essa informação triste em que um momento tão aguardado por todos não irá ocorrer”, relata Sandra ao ter que avisar os convidados que os casamentos seriam cancelados.
Índice de casamentos em Maringá
O cartório Maria Regina é tradicional para casamentos em Maringá. Dados apontam que em 2019, ou seja, antes da pandemia do novo coronavírus, de 01 de janeiro a 31 de dezembro, 1.549 casamentos foram realizados. Já em 2020 durante a pandemia e no mesmo período, o total foi de 1.144. Até o momento neste ano, foram apenas 452.
Sonho adiado
Amanda Thiemy Watanabe Pereira, 25, e Helder Martinowski Pereira, 29, namoram há mais de sete anos e também tiveram que adiar o casamento. Ela é farmacêutica e ele médico. “Ficamos aflitos no início, porém acreditamos que foi o melhor a se fazer para proteger nossos familiares”, afirma Amanda.
Os dois planejam a festa há mais de um ano e optaram por casar apenas no civil. “Estamos contando que teremos o mesmo que o planejado até agosto. Tudo está tão incerto que ficamos em cima do muro sobre reduzir os convidados ou adiar. Agora é só esperar os convidados serem vacinados. Estamos com o pensamento positivo que até agosto tudo estará melhor e conseguiremos casar na igreja em segurança.”
Foto: Arquivo Pessoal