Debate em Maringá resgata o golpe do 11 de setembro chileno

Foto: Divulgação

O Instituto Paranaense de Estudos Geográficos, Econômicos, Sociais e Políticos (Ipegesp), com sede em Maringá, promove neste domingo, 11, na Câmara Municipal, o debate “Chile: Memórias do Golpe”. O objetivo do evento, das 15 às 18 horas, é recuperar as histórias de vida de dois militantes da juventude de esquerda no Chile por ocasião do golpe que encerrou a experiência do governo de Unidade Popular de Salvador Allende.

O debate terá a participação do geógrafo e professor de História Manuel Jose Espech Almeyda, ex-membro da Juventude do Partido Socialista chileno; da professora Nancy Thomas Acevedo, formada em História pela Universidade de Santiago, ex-militante do Movimento de Esquerda Revolucionária (MIR); do servidor público aposentado Victor Diego Santander, membro da Juventude do Partido Comunista na época do golpe; e do técnico superior em Comércio Internacional e militante do Partido Comunista Marcelo Muñoz Espech.

Salvador Allende ocupou a presidência em 1970, com grande apoio popular e em defesa do socialismo democrático. O governo dele foi marcado por nacionalizações, expropriações legalmente garantidas e pelo amparo aos mais pobres. Allende se tornou alvo num contexto de plena Guerra Fria, num momento em ocorriam golpes militares anticomunistas na América. Oficiais da Marinha e do Exército, com apoio financeiro da CIA e suporte das Forças Armadas dos Estados Unidos, além da participação de grupos terroristas de extrema-direita, se aliaram para a derrubada do presidente, membro do Partido Socialista (alinhado à Unidade Popular). Do golpe emergiu sua figura mais proeminente, Augusto Pinochet, que viria a ser apontado na História como o responsável por uma das ditaduras mais sangrentas da América Latina.

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