Fake News, incomoda?

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Doenças emocionais vêm aumentando assustadoramente devido aos problemas da vida moderna. Noventa e cinco por cento das pessoas hoje sofrem de algum tipo de transtorno; medo, ansiedade, pânico, mania de perseguição, compulsões ou depressão. São tantos os transtornos que fica difícil até de nominar. Ser neurótico hoje é (quase) ser normal.

Desde que o mundo é mundo há séculos e séculos existe a mentira, boatos e inverdades, essas são usadas como artifícios contra uns, beneficiando outros. Nas disputas política, principalmente. O nome Fake News, vemos acontecer o tempo todo. Mas só recentemente que esse fenômeno ganhou grandes e incontroláveis proporções. Fake News, o que significa em inglês “notícias falsas” serve para fazer o falso parecer verdadeiro e geralmente com fins específicos dentro de um contexto virtual para as redes sociais, seria uma informação utilizada com o propósito de desinformar.

Uma pesquisa divulgada pela revista Science detectou que mentiras espalham mais rápido que verdades, e ganham amplitude através do Relatório Digital Global 2021, onde afirma que pessoas passam em média seis horas e cinquenta e quatro minutos um terço dos dias conectados e acessando grandes quantidades de informações de forma veloz e a maioria sem procedência. Em tempos atuais surgiram algumas novas características nos comportamentos das pessoas em geral o que vem trazendo grandes transformações.

A neurocientista Maryanne Wolf, autora do livro “O cérebro no Mundo Digital” afirma que nossos hábitos de leitura focados na tela, em vez de papel, estão atrofiando nossa capacidade de compreender argumentos e ideias mais complexas. Com isso estamos menos empáticos com pontos de vista divergentes dos nossos.

È preocupante quando pensamos que as crianças não nascem com a capacidade de interpretar, mas de apreender. É na interpretação que se forma a opinião e a crítica. Sem essas características as pessoas ficam mais suscetíveis à Fake News.

Nossas crenças são formadas na primeira infância no leito familiar, por esse motivo passamos anos defendendo nosso ponto de vista e quanto mais o tempo passa mais dificil fica aceitar argumentação contrária. Em geral o ser humano prefere acreditar naquilo que vê (visão de mundo), tentando validar decisões e comportamentos. Desta maneira uma informação pode levar a várias conclusões; dependendo da interpretação. Preferímos aceitar o conteúdo que mais se aproxima daquilo que acreditamos. Só com uma boa base de autocrítica conseguimos observar os vieses dos outros. Atribuímos valores positivos às nossas crenças e negativos à crença dos outros. Somos inclinados, na maioria das vezes, a priorizar sentimentos e desejos antes e acima dos fatos possibilitando muitas vezes criar inimigos em vez de adversários. Esta talvez possa ser a receita de passo a passo da origem das Fakes News.

De modo geral, as pessoas com menor escolaridade tem maior probabilidade de acreditar em notícias falsas. Pessoas com mais escolaridade buscam informações em outras fontes e tem maior senso crítico. Uma forma de se prevenir é aumentar seu leque de pesquisas e checá-las apropriadamente. No mundo real nosso grande inimigo é o tempo, a quantidade de informações que recebemos inviabiliza que verifiquemos tudo o tempo todo. As redes sociais são muito dinâmicas é pautada no imediatismo, assim terminamos reféns de divulgadoras. Da mesma maneira que acontece um destaque em minutos ele pode deixar de ser. Sem a devida checagem e eventual retratação a mentira passa por verdade e as pessoas não terão como saber que aquela informação era falsa.

È direito de todos poder construir sua posição em relação a temas de interesse social e obter informações de qualidade para se posicionar com assertividade diante dos fatos. A busca pelo bem-estar mental deve estar sempre presente, ser confrontado o tempo todo é muito estressante.

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