Jesus, referência de autoridade

Dom Frei Severino Clasen, ofm, Arcebispo Metropolitano de Maringá - PR

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Anunciar o Evangelho da Verdade, pregar a esperança aos que sofrem, desolados pela dor, morte e abandono, a igreja como mãe solícita tem a missão de orientar as pessoas para a vida definitiva em Deus.

Em tempos de incertezas, a desorientação, falta de autoridade atuante, competência, aceleram os transtornos, nasce a desconfiança, insegurança nas pessoas que buscam consolo e ternura.

É preciso que haja autoridade que saiba ler até nas entrelinhas os sentimentos do povo, sentir a compaixão, como Jesus sentia, ter um ensinamento autêntico e verdadeiro como o magistério da igreja há milênios nos faculta.

Nesses dias, a humanidade, cheia de admiração ante às próprias descobertas e poder, debate, todavia, muitas vezes, com angustias, as questões relativas à evolução atual no mundo, ao lugar e missão do homem no universo, quanto ao significado do seu esforço individual e coletivo, enfim, ao último destino das criaturas e do homem” (GS, 3). É inadmissível que estejamos tão acanhados e recuados na busca de soluções medicinais com a atual pandemia. O descrédito, a ideologização é falta de inteligência e amor às pessoas na busca mais eficiente da vacina, de recursos para superar as angústias nos dias atuais.

No Evangelho de São Marcos (Mc 1,29-39) encontra-se o modelo de autoridade que nos falta atualmente, sobretudo, na condução da pandemia, onde milhares de pessoas continuam sendo dizimadas. É a incompetência do poder constituído democraticamente. O Messias ocupa-se com os sofrimentos das pessoas, vai à casa dos que necessitam de socorro e paz, chama os seguidores, orienta os discípulos, para continuar o projeto de Deus, que anuncia o reino da justiça, da paz e da alegria. Ele fala a verdade sem tergiversar, em nenhum momento usa de mentiras, falsas promessas, de aleivosias contra o povo. A visita de Jesus à casa da sogra de Pedro, com seus discípulos, é a confirmação da sua autoridade.

O grande objetivo da vinda de Jesus ao mundo é anunciar o Reino da alegria, em seus pormenores. A presença de Jesus na sinagoga revela um novo ensinamento, desperta curiosidade, cria expectativa, cura os doentes, ressuscita os mortos, expulsa os espíritos maus, ensina com autoridade, provoca nos seguidores a melhor conduta, contínua disposição à disciplina de vida.

Domingo é dia do Senhor, encontro com a comunidade, com Deus para deixar Jesus Cristo falar a cada coração. Ouve-se, na Igreja, a palavra confortante de Deus. Somos conduzidos, inspirados pelo Espírito Santo para as nossas boas ações, para renovarmos a face da terra. 

O poeta Cônego Benedito Vieira Telles, primeiro presbítero ordenado na Arquidiocese de Maringá, sintetiza o novo ensinamento de Jesus com o soneto decassílabo: 

 

Novo ensinamento com autoridade 

Cônego Benedito Vieira Telles

 

Ensinar com autoridade é poder,

Com as variáveis, na sociedade. 

Poder vem de Deus à alteridade,

Respeito, obediência é sacro dever.

 

Título do soneto é de São Marcos (1,27)

Que se refere a Jesus – a Palavra.

E fez-se Homem, Filho de Deus, em lavra,

Hoje, te gerei, pra todos os marcos.

 

Toda autoridade é constituída

Com poder divino descido do alto,

E regula as relações entre os homens.

 

É toda autoridade tão divina,

Se, à margem, poder existe, sem Deus,

Nazismo mouco há, que não ouve os seus.

 

Que o Espírito Santo nos ilumine para seguir orientações da ciência, da vigilância sanitária, e que sejamos vacinados o quanto antes e nos livremos do novo coronavírus e de outras moléstias contra a vida.

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