Nesta segunda-feira (9), o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (em inglês IPCC), publicou o relatório sobre o clima revelando um “alerta vermelho”, que pode fazer soar os alarmes sobre as energias fósseis que “destroem o planeta”. Esta foi a afirmação do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
O relatório avaliou os últimos sete anos, e o secretário pede para que nenhuma central de carvão seja construída depois de 2021. “Os países também devem acabar com novas explorações e produção de combustíveis fósseis, transferindo os recursos desses combustíveis para a energia renovável”, disse Guterres. A estimativa do limiar do aquecimento global é de + 1,5° centígrado, em comparação com o da era pré-industrial, que será atingido em 2030, dez anos antes do que tinha sido projetado anteriormente, “ameaçando a humanidade com novos desastres sem precedentes”.
Segundo Guterres as emissões de gases de efeito estufa provocadas por combustíveis fósseis e o desmatamento estão sufocando o nosso planeta e se houver a união dos dirigentes mundiais, haverá sucesso na redução desses gases para evitar maiores catástrofes. “Se unirmos forças agora, podemos evitar a catástrofe climática. Mas, como o relatório de hoje indica claramente, não há tempo e não há lugar para desculpas”, afirmou Guterres.
Relatório
De acordo como o IPCC até 2100 a temperatura global subirá 2,7 graus se continuarmos com o mesmo ritmo de emissões de gases de efeito estufa. O relatório saiu com atraso devido à pandemia do coronavírus, considerando o atual cenário. O resultado desse aumento da temperatura acarretaria em acontecimentos climáticos extremos como secas, inundações e ondas de calor.
Os peritos reconhecem que a redução de emissões não terá efeitos visíveis na temperatura global até que se passem duas décadas, ainda que os benefícios para a contaminação atmosférica possam ser notados em poucos anos.