Rio Ivaí: naufrágio envolvendo nove vítimas é um dos piores já visto na região do Ubaúna

Rio Ivaí: naufrágio envolvendo nove vítimas é um dos piores já visto na região do Ubaúna

Foto: divulgação

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No último dia 18 de julho, equipes do Corpo de Bombeiros da cidade de Ivaiporã, no noroeste do Paraná e também uma guarnição da Patrulha Ambiental do Porto Ubá, foram acionadas para resgatar nove pessoas que desapareceram nas águas do Rio Ivaí, na região do Ubaúna, distrito de São João do Ivaí.

No barco haviam cinco adultos e quatro crianças, moradores de Maringá, Sarandi e Ivaiporã, que estavam visitando um sítio naquela região. Eles decidiram dar uma volta de barco para conhecer a região, mas em um determinado momento o motor do barco falhou e acabou virando devido à força da correnteza.

Três pessoas foram resgatadas na noite do dia 18 de julho: Jéssica Malaquias Costa, 26 anos, o marido Marcelo de Carvalho da Silveira, também de 26 anos e o filho do casal, João Vitor Costa de Carvalho, 3 anos, que estava com sinais de hipotermia. A família que é de Sarandi foi levada para o Samu em São João do Ivaí, para receber os cuidados médicos. E depois receberam alta.

Na quarta-feira (21) foram encontrados os corpos de Adalberto Fernandes Galice, 42 anos, da filha Sophia Pacagnan Fernandes, 4 anos, moradores de Maringá; Alberony Menegassi de Souza, 41 anos e a filha Heloísa Menegassi de Souza, moradores de Ivaiporã. Na quinta-feira (22) localizaram o corpo da empresária Patrícia Miranda da Silva, 33 anos, esposa de Alberony Menegassi. A última vítima do naufrágio é Nicolas Pacagnan Fernandes, 8 anos, filho de Adalberto Fernandes Galice, morador de Maringá.

Orientações

O Policial Militar da Patrulha Ambiental do Porto Ubá, Carlos Eduardo de Souza, participou das buscas e também é morador na área do Ubaúna há 35 anos. Ele informa que essa região do Salto Bananeiras, que abrange a ponte de Cândido de Abreu e Floresta, é muito traiçoeira. “Já participei de vários resgates e buscas, mas essa é a pior tragédia de todas. O Rio Ivaí é muito traiçoeiro, com corredeira e muitas pedras. Tem locais que a água bate na canela, mas se der alguns passos a profundidade pode chegar até 4 metros”, afirma Carlos Eduardo, popularmente conhecido como “Mula”. Ele completou: “Se não conhecer as águas do rio, não entre”.

De acordo com o 2º tenente Pedro Seki do Corpo de Bombeiros de Maringá, em casos de acidentes náuticos como este, é importante: “Estar com todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários, a exemplo do colete salva-vidas, para que consiga flutuar e sair do meio líquido. E no caso da embarcação virar, não tente desvirá-la ou se ela afundar, não tente desafundá-la. Se ocorrer esse sinistro, tente buscar a margem ou borda, para que volte a ficar em terra firme e seguro”, instrui o tenente Seki.

“Quando você for participar deste tipo de expedição é fundamental ter conhecimento geográfico do local que está indo visitar e se ocorrer algum acidente com a embarcação tente buscar ajuda, mas não se afaste muito do local do naufrágio, pois as equipes de salvamento iniciarão as buscas por lá. E se possível tente secar as roupas para que não ocorra hipotermia”, afirmou Seki.

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