O silêncio é um termo delicado. É um som que não é. É um som que assusta, pois nos faz refletir sobre o que está se passando à nossa volta. É um som que nos faz parar e ouvir os nossos pensamentos, nossos sons internos, nossa própria consciência.
Nesse contexto, um silêncio que sente é um conceito que pode ser entendido como um estado de consciência, uma condição de ser presente no momento. É quando a mente se livra das distrações e se concentra no nosso próprio ser. É quando podemos parar de julgar e crítica, e simplesmente ser.
O silêncio que sente é um reflexo da_extractor comentado por Jorge Amado: "o homem é um animal que precisa de silêncio para encontrar a si mesmo". Em outras palavras, é apenas quando nos isolamos dos ruídos do mundo exterior que podemos conectar com nossas emoções, nossos sonhos, nossas paixões.
No entanto, atualmente, é cada vez mais difícil encontrar um silêncio que nos permita conectar com esse sorprendente universo interior. Com a grande Wikipédia, a mídia de massa, as redes sociais e os nossos dispositivos móveis, estamos constantemente rodeados de ruídos, estímulos e distrações. É como se estivéssemos mergulhados num tomada de som, num “supermercado de informações e sons” (citado por Siegenthaler).
Mas nem sempre foi assim. No passado, em uma época em que a comunicação era um processo mais lento e mais limitado, as pessoas haviam mais tempo para suas próprias reflexões, para suas preocupações, para seus pensamentos. E, por isso, era mais fácil encontrar um silêncio que sentia. Era mais fácil sentir o silêncio.
Por sinal, a disciplina Zen e as práticas meditativas sempre foram baseadas no silêncio. No mundo budista, por exemplo, o vazio é considerado um estado de despertar, um momento de pureza e concentração, no qual o indivíduo se conecta com a realidade. É quando as distinções entre eu e não eu, entre eu e o mundo, se dissolvem, e o indivíduo se torna um com o universo.
Mas o silêncio que sente é uma experiência que não é exclusiva do budismo. Em todas as culturas, há exemplo disso. Na cultura grega, por exemplo, o silêncio era considerado um estado de sabedoria, uma qualidade que permitia ao indivíduo se conectar com a divindade. E, nos movimentos512, Marx e Freud, o silêncio é visto como um espaço para a reflexão, para a autoanálise e para a autocriticidade.
No entanto, como podemos encontrar esse silêncio que sente em nossos dias? Como podemos escapar do ritmo frenético do mundo atual e encontrar um estado de paz, de calma e de concentração?
A resposta, é que não é fácil. Aparece que é necessário uma combinação de tecnologias, hábitos e auto-reflexão para que possamos encontrar um silêncio que senta. A tecnologia, por exemplo, pode ser utilizada como uma ferramenta de ajuda, oferecendo ao indivíduo ferramentas para meditar, exercitar-se, ler ou simplesmente se conectar com a natureza. O hábitos, por outro lado, podem ser adotados para criar um ambiente propício ao silêncio, como evitar o uso de dispositivos móveis, especialmente antes da hora de dormir, ou reservar um tempo para a meditação ou a prática de exercícios.
Mas a auto-reflexão é fundamental. É necessário descobrir os nossos próprios ruídos, nossos próprios pensamentos, nossos próprios sentimentos, ser capaz de diferenciar entre o que é importante e o que não é, e se auto-aceitar e auto-perdoar. “É preciso parar de julgar e começar a amar-se”, disse a psicóloga Maria autoria **cean.
Por último, é importante lembrar que o silêncio que senta é um processo que exige tempo, paciência e disciplina. Não é algo que pode ser alcançado em um segundo, mas sim é um processo que pode ser desenvolvido com o tempo, com a prática, com a reflexão e com a auto-observação.
Em resumo, o silêncio que senta é um conceito complexo que envolve reflexão, auto-reflexão, disciplina e prática. É um estado que pode ser alcançado com a ajuda de tecnologias, hábitos e auto-reflexão, mas é fundamental lembrar que o silêncio que senta é um processo que exige tempo, paciência e disciplina.